Jornalistas, ativistas e dissidentes políticos de todo o mundo terão sido espiados graças ao ‘spyware’ Pegasus, desenvolvido pela empresa israelita NSO.

A denúncia foi feita por um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais, incluindo os jornais Le Monde, The Guardian e The Washington Post.

O grupo tem sido regularmente acusado de vender o Pegasus a regimes autoritários, mas sempre defendeu que o ‘spyware’ só era utilizado para obter informações sobre redes criminosas ou terroristas.

A investigação, publicada pelos media internacionais, baseia-se numa lista obtida pelas organizações Amnistia Internacional e Forbidden Stories , que inclui 50 mil números de telefone selecionados pelos clientes da NSO desde 2016 para potencial vigilância.

“É totalmente invisível. A pessoa não sabe quando é atacada, se é atacada, se o seu telefone está infetado. Basicamente, quando este spyware é instalado no telemóvel, ele pode extrair qualquer coisa: fotos, e-mails, passwords. Eles podem até ver as mensagens que a pesssoa está a trocar em aplicações encriptadas, como Signal ou WhatsApp. Basicamente toda a vida da pessoa está nas mãos deles “, sublinha Sandrine Rigaud, editora-chefe de Forbidden Stories.

O Pegasus permite aceder a mensagens, fotos, contactos e até ouvir as chamadas do utilizador do telemóvel.

Fonte: Euronews

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