O gabinete de imprensa do governo em Gaza confirmou na noite desta quinta-feira (3) que o exército da ocupação israelense executou 26 massacres no enclave em somente 48 horas, com mais de 300 mortos e centenas de feridos e desaparecidos.

Em nota encaminhada à agência de notícias Safa, o escritório de comunicação reiterou que os ataques em curso refletem uma política israelense de assassinatos deliberados, genocídio e limpeza étnica.

Os massacres, prosseguiu o comunicado, incidiram sobretudo a abrigos superlotados e centros aos deslocados, como al-Baqa, onde dezenas de milhares buscavam refúgio. Os ataques, no entanto, se estenderam a casas, mercados e instalações vitais, bem como a multidões de palestinos carentes que buscavam assistência alimentar.

Os mortos, reiterou o alerta, são majoritariamente mulheres e crianças, sem ameaça às forças ocupantes, o que demonstra dolo, em particular contra vulneráveis.

Os crimes, prosseguiu, ocorrem junto a esforços israelenses para colapsar as instâncias remanescentes do sistema de saúde do enclave sitiado, incluindo bombardeios diretos a hospitais e clínicas, ataques a profissionais e embargo de insumos básicos.

Israel ignora apelos internacionais por cessar-fogo ao manter ataques e cerco militar a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 56.600 mortos e 134.500 feridos, além de dois milhões de desabrigados submetidos a uma catástrofe de fome.

Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.

Israel é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024

Fonte: Monitor do Oriente

Deixe uma resposta