O Exército de Israel bombardeou nesta quarta-feira (23/04) a Escola Jaffa, localizada na Cidade de Gaza, no centro do enclave palestino, que abrigava famílias deslocadas. O ataque resultou na morte de 10 pessoas, incluindo uma criança, e muitos feridos, de acordo com as informações da Defesa Civil local.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram as tendas que serviam de refúgio sendo engolidas por chamas.
A Defesa Civil palestina emitiu um apelo urgente por assistência do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para ajudar a resgatar pessoas que ficaram presas sob os escombros após o bombardeio israelense.
“Pessoas presas estão pedindo ajuda para resgatá-las dos escombros das casas”, disse o órgão em comunicado, acrescentando que as equipes de emergência não conseguiram chegar ao local por ser designado como zona “proibida” pelas forças israelenses.
De acordo com a emissora catari Al Jazeera, sobreviventes da ofensiva israelense relataram “horror” e “desespero”
“Estávamos dormindo quando de repente vimos uma luz como a luz do Dia do Juízo. Era fogo por toda parte. Peguei minhas filhas e corri. Elas ficaram feridas e seu pai estava no banheiro. As meninas estavam gritando por ele, mas nos o perdemos”, contou Bisan al-Kafarneh, uma palestina deslocada de Beit Hanoun.
“Enquanto estávamos fugindo, eles bombardearam a escola novamente. As pessoas gritavam, as mulheres choravam e procuravam por seus parentes. As pessoas aqui foram queimadas vivas”, acrescentou ao veículo.
O Exército israelense retomou seus ataques em 18 de março, após violar o acordo de cessar-fogo com o Hamas. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, os ataques aéreos promovidos por Tel Aviv mataram pelo menos 24 pessoas no enclave desde as primeiras horas desta quarta-feira. Ainda de acordo com a pasta, desde 7 de outubro de 2023, as forças israelenses mataram pelo menos 51.305 pessoas e feriram outras 117.096.
Fonte: Ópera Mundi