A greve inclui várias exigências, entre elas um reajuste salarial de 7,06% ao ano nos próximos três anos (2024, 2025 e 2026). Outras reivindicações são a alocação de um orçamento público adequado para universidades e institutos federais, e a reestruturação da carreira.

Das 69 universidades federais, 21 estão em greve e cinco em estado de greve — instrumento usado como alerta de que podem aderir à paralisação. Outras 12 instituições decidiram não aderir ao movimento e 18 ainda farão assembleias.

Dos 687 campi dos institutos federais, ao menos 470 estão em greve, diz levantamento do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica). A expectativa é que o movimento alcance 500 polos hoje, segundo o coordenador geral do sindicato, David Lobão. Diferentemente das universidades, os institutos têm turmas de ensino médio com cursos técnicos.

A decepção com a falta de respostas do governo Lula foi citada por Lobão, que também é professor de matemática do IFPB (Instituto Federal da Paraíba). “Há uma frustração grande, porque o governo abriu uma reunião com 11 ministros no ano passado, mas depois de todo esse tempo não tivemos resposta para nenhuma pergunta”, diz Lobão.

Em uma reunião em fevereiro, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), pediu para a categoria não fazer greve. O chefe do MEC disse aos servidores que aguardassem até 29 de março, quando o governo daria uma resposta para as reivindicações apresentadas. “Estamos em 15 de abril e não tivemos retorno”, afirma o coordenador geral do Sinasefe.

A pasta tem afirmado que “vem envidando [empenhando] todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação”. Segundo o MEC, o governo deu um reajuste de 9% para todos os servidores no ano passado.

Fonte: Uol

Deixe uma resposta