A diretoria da Petrobras, indicada pelo governo Bolsonaro, propõe aumentar entre duas e quatro vezes o preço do gás natural no ano que vem nos novos contratos que a estatal está negociando com as distribuidoras estaduais, informa o Valor.

Segundo o jornal econômico, a Abegás, associação representante das concessionárias de gás, pretende entrar com uma representação no Cade contra a petroleira.

A entidade afirma que a Petrobras apresentou propostas de contrato com diferentes prazos de validade e valores. Para os de curto prazo (seis meses a um ano), o aumento proposto é de até quatro vezes. Para os de prazo mais longo (quatro anos), a alta sugerida é de duas vezes.

“Um contrato desse tipo fecharia o mercado por mais quatro anos, impediria a abertura do mercado”, alegou Marcelo Mendonça, diretor de estratégia e mercado da Abegás. “A Petrobras está exercendo seu poder de mercado e colocando uma situação em que as distribuidoras não teriam opção de aquisição junto a outras empresas”, acrescentou.

Segundo uma fonte do Valor, a Petrobras decidiu aumentar os preços diante da alta expressiva do preço do gás natural liquefeito (GNL) no mercado global.

O governo Bolsonaro, que a frente da Petrobras, tem usado uma política de dolarização da gasolina, o que tem provocado aumentos constantes nos postos, quer transformar o gás num elemento de lucro dos acionistas da empresa, o que pode aprofundar ainda mais a crise energética que o país vive.

Redação com Valor e Brasil 247

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