Nos últimos 36 dias, a OMS registou pelo menos 137 ataques a hospitais em Gaza, com 521 mortes e 686 feridos. Diretores do órgão internacional afirmam estarem “horrorizados” com mortes de crianças.
Agências humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmaram nesta segunda-feira (13) que, de 36 hospitais em Gaza, 20 estão fechados devido aos bombardeios do estado genocida de Israel.
“Aqueles que ainda funcionam estão sob enorme pressão e só podem fornecer serviços de emergência, cirurgias que salvam vidas e serviços de cuidados intensivos muito limitados”, afirma as agências (UNFPA, UNICEF e OMS) em comunicado.
Um deles, segundo a ONU, é o hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, e que se tornou o epicentro do conflito por terra entre Israel e o Hamas. Tropas israelenses cercam o hospital, na Cidade de Gaza, onde alegam que o Hamas montou um quartel-general subterrâneo. O Hamas nega.
Nesta segunda-feira, as incubadoras que mantêm vivos recém-nascidos do Al-Shifa foram desligadas por falta de energia, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.
A pasta afirmou ainda que três bebês prematuros morreram.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que Israel ofereceu 300 litros de combustível, mas que essa quantidade abasteceria o hospital por apenas meia hora – o hospital, segundo o Hamas, precisa de 8.000 a 10.000 litros de combustível por dia.
Além dos pacientes, o hospital Al-Shifa também tem servido de abrigo para a população local. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há cerca de 2.300 pessoas dentro do hospital.
“A situação (no hospital Al-Shifa) é terrível e perigosa”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Nos últimos 36 dias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registou pelo menos 137 ataques a hospitais em Gaza, com 521 mortes e 686 feridos.
A OMS, que tem agentes na zona de guerra entre Hamas e Israel, falou na semana passada que sua contagem de mortos está muito próxima do número contabilizado pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas: cerca de 11 mil pessoas.
Redação com G1