Os Estados Unidos forneceram a Israel quase US$ 18 bilhões em armas desde o início da ofensiva brutal de Tel Aviv na Faixa de Gaza em 7 de outubro do ano passado.
De acordo com um relatório publicado pela Brown University, esse amplo suporte incluiu uma ampla gama de armas, munições e sistemas de defesa, obtidos por meio de estoques, vendas comerciais e subsídios dos EUA.
Uma das maiores alocações de vendas de armas foi o US$ 14,1 bilhões em apoio militar de emergência aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Joe Biden em abril de 2024. Este pacote incluiu US$ 4 bilhões para reabastecer os sistemas de defesa antimísseis Iron Dome e David’s Sling, US$ 1,2 bilhão para o desenvolvimento do sistema de defesa Iron Beam e US$ 3,5 bilhões para sistemas avançados de armas.
Os EUA também aprovaram vendas de armas no valor de bilhões de dólares, garantindo futura cooperação militar. Em agosto de 2024, o governo Biden anunciou um acordo de armas de US$ 20,3 bilhões com Israel, que inclui 50 caças Boeing F-15 e milhares de cartuchos de munição. Essas armas serão entregues entre 2026 e 2029, garantindo que o exército israelense permaneça forte nos próximos anos.
O relatório observou ainda que, embora haja informações públicas substanciais sobre algumas transferências, muitos acordos menores foram feitos sem exigir notificação do Congresso, dificultando o rastreamento total da escala das vendas de armas dos EUA.
“Houve outros relatos da imprensa sobre entregas de armas a Israel desde 7 de outubro, incluindo relatórios em novembro de 2023 de que 36.000 cartuchos de munição de canhão de 30 mm, 1.800 de 3.000 munições M141 bunker-buster solicitadas, pelo menos 3.500 de 5.000 dispositivos de visão noturna, alguns mísseis Hellfire e outras armas foram entregues dos EUA e da União Europeia”, explicou.
O relatório também destacou que Israel é o único país no Oriente Médio com acesso aos caças furtivos F-35 fabricados nos EUA, uma parte fundamental do compromisso de Washington em preservar a vantagem militar qualitativa (QME) de Israel na região. Essa política garante que as capacidades militares de Israel superem as dos países vizinhos, mesmo que outras nações garantam acordos de armas com os EUA.
“Os EUA também estão comprometidos em ajudar Israel a manter uma “vantagem militar qualitativa” (QME) sobre outras nações no Oriente Médio”, afirma. “A serviço desse objetivo, por exemplo, Israel é a única nação na região que possui e opera a mais nova aeronave de combate dos EUA, o F-35. Em casos de um grande acordo com outro estado na região, geralmente há um acordo de compensação que fornece a Israel equipamento adicional projetado para ajudá-lo a manter a “vantagem”.”
O ministro da Defesa israelense Yoav Gallant, em uma postagem no X, agradeceu às autoridades dos EUA por ajudar Israel a manter “sua vantagem militar qualitativa na região” e o compromisso dos EUA com a segurança de Israel.
A guerra em andamento devastou Gaza e resultou em um alto número de civis mortos, com mais de 42.000 palestinos mortos e 97.300 feridos.
Washington tem enfrentado crescentes críticas nacionais e internacionais por seu apoio militar, político e diplomático a Israel.
Fonte: Monitor do Oriente