Os assassinatos aconteceram no primeiro dia do Ramadã, mês de jejum muçulmano

A escalada de violência verificada nos últimos dias em Israel e nos Territórios Palestinos ocupados ganhou mais um capítulo neste sábado (2). As forças israelenses mataram três integrantes do movimento palestino Jihad Islâmica durante uma operação no norte da Cisjordânia, na qual quatro soldados ficaram feridos. O confronto aconteceu no primeiro dia do Ramadã, mês de jejum muçulmano.

Duas das vítimas eram de Jenin e a terceira de Tulkarem, território ocupado pelo exército israelense, desde 1967.

Violência aumentou nos últimos dias em Israel e na Cisjordânia.

Na sexta-feira (1°), as forças israelenses mataram um palestino de 29 anos na cidade de Hebron (Cisjordânia), durante uma manifestação contra a colonização israelense nos Territórios Palestinos. O exército israelense afirmou que o “suspeito havia jogado um coquetel molotov” contra os soldados, que responderam com tiros.

No mesmo dia, o Crescente Vermelho informou que atendeu 70 palestinos feridos em confrontos com o exército israelense na região de Nablus, no norte da Cisjordânia.

Na quinta-feira (31), dois palestinos morreram durante uma operação do exército israelense em Jenin com o objetivo de deter “suspeitos” vinculados a um ataque executado por um palestino na terça-feira (29) perto de Tel Aviv e que deixou cinco mortos. O agressor também foi morto.

A Cisjordânia, ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, tem 475.000 colonos judeus que moram em comunidades consideradas ilegais pelo direito internacional.

Mais de 2,8 milhões de palestinos também vivem neste território. O processo de paz entre Israel e os palestinos, a fim de encontrar uma solução para o conflito, está paralisado desde 2014. Durante a última década, convulsões no Oriente Médio, como a Primavera Árabe, a guerra na Síria, o surgimento do EI ou a questão nuclear iraniana, têm eclipsado a questão palestina.

Fonte: RFI

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