Convocados pela CUT, representantes de sindicatos de servidores públicos estaduais de Alagoas, se reuniram hoje de manhã (01/12), para discutir o projeto de lei aprovado às pressas na Assembleia Legislativa que transfere 304 escolas estaduais para o AL Previdência e a grave situação fundo previdenciário dos servidores estaduais.
Durante a reunião a presidenta do Sinteal Consuelo Correia, relatou que o projeto enviado pelo governador Paulo Dantas (MDB) foi aprovado pelos deputados sem nenhuma discussão com os servidores públicos, o que provocou indignação na categoria. “Não houve discussão do projeto de lei, como é que se aprova um projeto desse sem discussão?” questionou a dirigente sindical, que também questionou o fato da apreciação do projeto ter sido sumária e em plena Copa do Mundo, onde a atenção é desviada para os jogos da seleção brasileira. “Não houve sequer uma audiência pública para tratar do assunto”, finalizou Consuelo.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Detran, Clayberson Torres, a categoria “está muito preocupada com futuro das aposentadorias e que existe pouca transparência sobre a real situação do AL Previdência”.
A falta de informação sobre a real situação do fundo previdenciário dos servidores também foi compartilhada pela representante do Sindicato dos Nutricionistas e dos Servidores da Uncisal.Já o vice-presidente do Sinduneal, professor Luizinho, cobrou providências imediatas a respeito do alegado “rombo” no AL Previdência, motivou que serviu de base para a transferência das escolas.
Os representantes das entidades sindicais rejeitaram a transferência das 304 escolas para o AL Previdência e vão cobram do governador explicações sobre o alegado rombo nas contas do fundo, vão também exigir transparência e participação das entidades representativas na gestão, além de iniciarem uma campanha de esclarecimentos acerca do AL Previdência em suas bases . Os sindicatos também decidiram realizar uma nova reunião do dia 12, na sede da CUT e a realização de um seminário para discutir a situação do fundo previdenciário com a participação de representantes dos movimentos sindicais de Alagoas e do Rio de Janeiro, para tomar as medidas jurídicas cabíveis e organizar a partir de janeiro, uma grande mobilização.

Deixe uma resposta