Deputado delira e afirma que “a esquerda tenta ocultar a realidade brasileira em ano de eleições presidenciais nos Estados Unidos”
Mais um vexame na enorme lista da família Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou sua conta no X, antigo Twitter, para se queixar do que chamou de “censura” por parte da “esquerda e do establishment” nos Estados Unidos. Segundo o filho de Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar norte-americano Jim McGovern teria articulado para vetar a audiência programada no Congresso americano, promovida pela Comissão de Direitos Humanos, da qual Eduardo tentava participar.
A audiência, que estava marcada para acontecer na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos EUA e seria presidida pelo deputado Chris Smith, foi cancelada, segundo Eduardo, devido à pressão dos democratas. Em mais um de seus delírios, ele afirmou que “para calar a verdade sobre o que está ocorrendo no Brasil recorreram à censura, que é a arma dos covardes e fracos”.
“A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos EUA, presidida pelo mesmo Dep. Chris Smith que nos convidou, está paralisada, pois os republicanos também não vão permitir que os democratas façam as suas audiências”, afirmou o deputado brasileiro.
Eduardo Bolsonaro também acusou a Comissão de Direitos Humanos de ser utilizada como instrumento para promover desgaste de figuras mais à direita, não só no Brasil, mas em outros países. Ele argumentou que a esquerda se apropria do termo “direitos humanos”.
“A esquerda se apropria do termo ‘direitos humanos’ e seleciona em quem jogará a culpa por suas supostas violações. Tem noção da exposição que eles estão levando a cabo, em ano de eleição presidencial nos EUA, para tentar esconder o que está ocorrendo no Brasil?”, questionou, em nova “análise” risível.
Eduardo Bolsonaro insiste e diz que não desistirá
Apesar do cancelamento da audiência, o deputado brasileiro afirmou que não desistirá de sua “missão” nos EUA e prometeu continuar conversando com mais parlamentares americanos. Ele pretende encontrar outra comissão onde, segundo ele, a liberdade de expressão possa ser exercida e denunciar, com um maior número de deputados americanos e brasileiros presentes, as alegadas atrocidades que ocorrem na “democracia relativa” brasileira.
Enquanto o filho do ex-presidente afirma ter vencido, aqueles que celebraram o cancelamento da audiência alegam ter barrado um evento que contaria com a presença de “extremistas brasileiros”. Entre os mencionados estariam políticos associados a Jair Bolsonaro, o neto do ex-ditador Ernesto Geisel, Paulo Figueiredo, e Allan dos Santos, foragido da justiça brasileira.todos adeptos da censura e inimigos da democracia.
Fonte: Revista Fórum