A gestão do prefeito João Henrique Caldas (JHC), do PL, está sob investigação devido a uma grave crise nos cemitérios de Maceió, revelada durante uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Braskem. Segundo o relator da comissão, senador Rogério Carvalho, apesar dos mais de R$ 1,7 bilhão recebidos em acordos com a Braskem, a prefeitura não tomou medidas eficazes para resolver a situação dos sepultamentos na capital alagoana.

Durante o depoimento do procurador-geral de Maceió, João Lobo, foi destacado que a população continua a enfrentar condições precárias nos cemitérios, com a falta de vagas levando a sepultamentos em covas rasas, uma imagem de desleixo e negligência. Esta crise se tornou o centro das atenções, levantando questões sobre o uso dos recursos destinados à cidade.

Um dos focos da crise é o Cemitério Santo Antônio, no bairro Bebedouro, que fechou em 2020 por causa do afundamento do solo e foi reaberto apenas para visitações em 2021. A situação s

e agravou ao ponto de sepultamentos demorarem até três dias, um reflexo direto da falta de ação municipal.
A falta de respostas concretas do procurador-geral sobre as medidas tomadas exacerbou as críticas à administração de JHC, levantando suspeitas sobre a gestão dos fundos recebidos da Braskem. A indignidade enfrentada pela população ao enterrar seus entes queridos reflete a falência administrativa na gestão das questões mais básicas e essenciais da cidade.

Essa situação põe em cheque a responsabilidade da gestão municipal em atender às necessidades de seus cidadãos, especialmente em um aspecto tão fundamental quanto o direito a um enterro digno.

Fonte: Tribuna do Sertão

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