Dois meninos foram encontrados trabalhando até duas horas da manhã em lanchonete da franquia nos EUA

Uma investigação do Departamento de Trabalho dos EUA revelou que duas crianças de dez anos de idade trabalhavam sem receber salário em um McDonald’s no Kentucky.

Semanas após os estados de Utah, Wisconsin e Arkansas aprovarem leis em favor da redução da idade para trabalho de menores de idade, o governo estadunidense descobriu violações graves das poucas leis trabalhistas em franquias do McDonald’s.

As duas crianças de dez anos são o caso mais grave de uma investigação que mostrou mais de “305 crianças trabalhando mais do que as horas permitidas legalmente e realizando tarefas proibidas por lei para trabalhadores jovens”, segundo um comunicado oficial do Departamento do Trabalho.

Os casos ocorreram em diversas franquias do McDonald’s espalhadas ao redor dos EUA. Vale ressaltar que os EUA possuem leis federais muito brandas com trabalho infantil. A legislação Fair Labor Standards Act (FLSA) foi feita em 1938, ano de sua aprovação, e não foi alterada drasticamente desde então.

“Investigadores da Divisão de Salários e Horas do departamento encontraram dois trabalhadores de 10 anos em um restaurante McDonald’s de Louisville entre muitas violações das leis trabalhistas federais cometidas por três operadores de franquia do McDonald’s de Kentucky”, disse o comunicado. “Os investigadores observaram que as crianças eram empregadas, não recebiam salário e às vezes trabalhavam até às 2 da manhã”, completou.

McDonald’s dos EUA joga a responsabilidade em seus franqueados, afirmando que “estão comprometidos a garantir que nossos franqueados tenham os recursos para manter espaços de trabalho seguros para todos os funcionares e mantenham observância a todas as leis trabalhistas”.

A empresa Bauer LLC, que cuida da franquia de Louisville, no Kentucky, onde a violação contra as crianças de dez anos de idade ocorreu, afirmou que as crianças eram filhas de uma funcionária e que eles estavam no local visitando sua mãe.

A multa estimada para as empresas imposta pelo Departamento do Trabalho foi de US$212,754, o que é pouco mais de R$ 1 milhão na cotação atual.

Fonte: Revista Fórum

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