“Estes grupos atacam nossa força armada, são principalmente forças paramilitares financiadas pela CIA e o narcotráfico para gerar caos e medo entre a população venezuelana neste lado da fronteira, pretendendo se apoderar desse território”, disse o deputado Saúl Ortega
Os grupos irregulares armados colombianos são financiados pela Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) e pelo narcotráfico a fim de desestabilizar a Venezuela, ao pretender tomar uma parte de seu território fronteiriço, disse à Sputnik o deputado venezuelano Saúl Ortega.
“Estes grupos atacam nossa força armada, são principalmente forças paramilitares financiadas pela CIA e o narcotráfico para gerar caos e medo entre a população venezuelana neste lado da fronteira, pretendendo se apoderar desse território”, expressou Ortega em conversa com a Sputnik.
Desde 21 de março, a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e grupos irregulares colombianos têm se enfrentado na localidade de La Victoria, no estado de Apure, sul de Venezuela.
O governo venezuelano disse que bloqueará as ações dos grupos irregulares e que não permitirá que violem a paz do país.
Ortega, membro do Comitê de Assuntos Internacionais da Assembleia Nacional da Venezuela, manifestou que esses grupos formam parte da decomposição social existente na Colômbia, utilizada pela oligarquia desse país para atacar a Venezuela.
“Podemos falar de grupos dissidentes da guerrilha, mas também dos paramilitares, toda essa força está sendo utilizada por uma maquinaria que é a oligarquia colombiana, as forças regulares do Exército colombiano e o narcotráfico, uma santa aliança, que veem na revolução bolivariana seu inimigo e utilizam o financiamento da droga para ativar todos os grupos que possam e converter o território venezuelano em uma espécie de Aleppo, como fizeram na Síria”, detalhou.
O parlamentar indicou que esses grupos não contam com o acionar da força armada de seu país para fazer respeitar a soberania venezuelana.
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“O governo venezuelano agiu com responsabilidade em março no âmbito de Constituição, que autoriza o uso progressivo das armas para deter qualquer ameaça, agressão ou tentativa desestabilizadora da paz, da legalidade, acho que foi oportuna e necessária a resposta do governo e da Força Armada Nacional Bolivariana”, afirmou o deputado.