Como a decisão é recente, a bancada não definiu ainda se caberá ao governo liderar campanha pela redução da jornada de trabalho no comércio e em parte do setor de serviços, mas já se organiza para centrar esforços no debate que se inicia no Parlamento a partir da próxima semana.

Liderada pelo deputado Lindbergh Farias (RJ), a bancada do PT na Câmara passou a apoiar o fim da escala seis dias de trabalho e um de descanso (6×1) como uma de suas principais bandeiras na disputa política para este ano. A avaliação entre petistas é de que será preciso intensificar a defesa de medidas populares no Congresso na tentativa de rever a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com vistas à possível reeleição, em 2026.

Como a decisão é recente, a bancada não definiu ainda se caberá ao governo liderar campanha pela redução da jornada de trabalho no comércio e em parte do setor de serviços, mas já se organiza para centrar esforços no debate que se inicia no Parlamento a partir da próxima semana. A articulação política do governo será transmitida à hoje presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, que assume a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) nesta segunda-feira.

Pauta

Na semana passada, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece a escala quatro dias de trabalho e três de descanso (4×3). O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) também é autor de uma PEC sobre a pauta.

A mudança na SRI, na avaliação de petistas ouvidos pela mídia conservadora, deixará a equipe de Lula mais coesa nesse debate político. A escolha de Hoffmann, ainda segundo integrantes da legenda, integra o esforço adotado pelo governo Lula para retomar a popularidade perdida, após uma série de erros na comunicação do governo.

Ao longo dos últimos dois anos, a articulação política do governo estabeleceu fatores que reduziram a popularidade do presidente. Entre eles são apontados por integrantes da base aliada a Lula os erros na economia, apatia política e desconexão com a realidade dos trabalhadores.

Fonte: Correio do Brasil

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