Luiz Gomes – Historiador e professor da Uneal

As manifestações do dia 29 de maio foram tão significativas que o Estadão, jornal da elite paulistana reagiu: “O mais importante, contudo, é constatar que os protestos da oposição tendem a marcar um inflexão na atmosfera política” (Estadão, 1 de junho).

A inflexão que o Estadão se refere é o medo das manifestações crescerem e encurralarem o governo genocida de Bolsonaro. E motivos para isso não falta!.


O 29 de maio marcou um salto de qualidade, um acúmulo nas manifestações, pois romper definitivamente com a linha do fique em casa, que trocava as ruas pelas atividades virtuais e derrotou o boicote dos setores contrários às mobilizações.

Neste dia, as manifestações levaram às ruas mais de 400 mil pessoas. Manifestações aconteceram em todas as capitais e mais de 200 cidades do país e até no exterior, onde o grito de Fora Genocida foi a tônica das agitações.


Com palavras de ordem “se o povo se unir, Bolsonaro vai cair”, “Por direito, emprego, comida e vacina”, os movimentos sociais se uniram e coloriram as manifestações de norte a sul do Brasil.


O dia 29 impôs uma derrota nas ruas à Bolsonaro e seus generais e foi uma vitória da independência política dos trabalhadores. Foi com base em reivindicações concretas os trabalhadores e a juventude reocuparam as ruas.

Agora, com mais força, os movimentos sociais organizam para o dia 19 de junho mais um dia nacional de manifestações contra a política do governo genocida de Bolsonaro.

Diante do impacto da ação por baixo, que abalou as relações por cima, Bolsonaro não tem outra alternativa a não ser cada vez mais ficar refém dos mercenários do Centrão e dos generais empaturrados de leite condensado e de mamatas orçamentárias.

O povo rompeu o cerco, nenhum dia a mais para Bolsonaro! Fora Bolsonaro genocida!

Deixe uma resposta