Ao ignorar os apelos da comunidade internacional, as Forças de Defesa de Israel ampliaram a zona de combate em Rafah. Até poucos dias, Rafah abrigava 1,2 milhão de palestinos. Desde segunda-feira (6/5), 300 mil pessoas desesperadas fugiram da cidade. 

Israel ordenou novas evacuações na cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza , neste sábado (11). A medida acontece em meio ao preparo das forças israelenses para expandirem operações no local, oque pode provocar uma carnificina, conforme tem alertada a ONU.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e outras agências alertam há semanas que um ataque israelita a Rafah, que faz fronteira com o Egito, perto dos principais pontos de entrada de ajuda, paralisaria as operações humanitárias e causaria um aumento desastroso no número de vítimas civis.

Mais de 1,4 milhão de palestinos – metade da população de Gaza – se refugia em Rafah, a maioria depois de fugir das ofensivas de Israel em outros locais.

O porta-voz do Exército, Avichay Adraee, disse aos palestinos nas cidades de Jabaliya e Beit Lahiya e nas áreas vizinhas para deixarem suas casas e se dirigirem para abrigos no oeste da Cidade de Gaza. Ele alertou que as pessoas estavam em “uma zona de combate perigosa” e que Israel iria atacar com “grande força”.

Os bombardeios e ofensivas terrestres de Israel em Gaza mataram mais de 34.800 palestinos, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Grande parte de Gaza foi destruída e cerca de 80% da população de foi expulsa de suas casas.

A União Europeia (UE) criticou a expansão da retirada de civis de Rafah por parte de Israel. “As ordens de evacuação de civis presos em Rafah para áreas inseguras são inaceitáveis”, declarou Charles Michel, presidente do Conselho Europeu. “Pedimos ao governo israelense que respeite o direito internacional humanitário e instamos que não empreenda nenhuma operação terrestre em Rafah.”

Redação com G1 e Correio Braziliense

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