Segundo o governo argentino, cerca de 1.247 itens estarão na lista dos produtos que irão manter valores até janeiro de 2022
O secretário de Comércio da Argentina, Roberto Feletti, anunciou que o governo impôs nesta quarta-feira (13/10) um congelamento nos preços de 1.247 itens básicos de alimentação e higiene por 90 dias no país.
Segundo Feletti, o acordo foi realizado com as principais empresas do ramo de produtos básicos e redes de supermercados para manter os mesmos valores de 1º de outubro até janeiro de 2022, para “continuar trabalhando para gerar um cenário de previsibilidade até o final do ano, estimular o mercado interno e preservar o salário dos argentinos”.
O governo pediu que as empresas participantes enviem uma lista com os produtos que manterão os preços congelados para, em seguida, ser publicada de forma que os argentinos tomem conhecimento.
Feletti disse ainda que o Ministério do Comércio Interno pretende ajustar a “política de receitas do governo com a política de preços”. “O indicador que vamos usar para definir essa situação tem a ver com a correlação do impacto da cesta básica sobre o salário do trabalhador formal”, disse.
De acordo com o secretário, é necessário “parar a bola” para que os preços não “continuem a reduzir os salários”, acrescentando ser preciso um trabalho conjunto “para que os argentinos possam comemorar as festas em família”, depois de um ano em que não foi possível “cumprir a tradição”.
Com o congelamento, a intenção do governo é controlar a taxa de inflação argentina. Feletti explicou que, quando iniciou a gestão Alberto Fernández, a cesta básica de alimentos custava 9% do salário. Na última medição da Argentina, alcançou 11%.
Para ele, isso indica que, “apesar de haver parcerias”, isso “não foi o suficiente para compensar o preço dos alimentos no poder de compra do salário”.
(*) Com Télam.
Fonte: Opera Mundi