Apagão em São Paulo chega a 60 horas com 413 mil imóveis ainda sem energia. Segundo a Enel, pelo menos 4,2 milhões de pessoas ficaram sem energia na capital paulista e em 23 municípios da região metropolitana.
Ao todo 413 mil residências continuam sem luz desde o temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira, 3. A informação foi emitida pelas empresas que administram o abastecimento elétrico na noite deste domingo.
Até o momento, cerca de 1,6 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de cerca 2,1 milhões afetados na última sexta-feira. O apagão completou 60 horas.
A Enel Brasil, multinacional italiana que detém a concessão do fornecimento de energia em São Paulo é a responsável pelo apagão em São Paulo. Esse evento levantou preocupações quanto à capacidade da empresa de lidar com emergências, especialmente considerando a redução significativa do quadro de funcionários desde a privatização da antiga Eletropaulo em 2018, que foi adquirida pela italiana Enel.
O jurista Pedro Serrano, um dos mais conceituados constitucionalistas do País, defendeu a cassação da concessão da Enel, que cortou 36% dos funcionários desde a privatização em 2019 e deixou milhões sem luz em São Paulo durante mais de 48 horas. “Com tamanho corte de funcionários obviamente não há como garantir a continuidade dos serviços em momentos de turbulências naturais, imprevistas mas previsíveis . A Enel cometeu falta grave, deveria ter sua concessão rescindida sem direito a qualquer indenização”, postou Serrano, em seu X.
Entre os prejuízos causados pelo apagão, está a perda de matérias-primas em comércios e indústrias, equipamentos, oportunidades de trabalho e alimentos.
Em resumo, com a privatização milhares de trabalhadores perderam o emprego, a conta da energia elétrica subiu e a população ficou na mão.
Redação com Exame, Carta Capital e Brasil 247