O governo israelense anunciou neste domingo (21) a aprovação de mais 19 assentamentos na Cisjordânia ocupada. Sob a justificativa de impedir a criação de um “Estado palestino terrorista”, Israel vêm intensificando a colonização na região desde 7 de outubro de 2023, ignorando pressão internacional.
Há poucos dias, as Nações Unidas alertaram que o crescimento das colônias israelenses na Cisjordânia, “consideradas ilegais à luz do direito internacional”, atingiu seu maior ritmo desde pelo menos 2017. Agora, o total de assentamentos autorizados nos últimos três anos já chega a 69, segundo um comunicado divulgado pelos serviços do ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.
Mais de 500 mil israelenses vivem atualmente nas colônias na Cisjordânia, ao lado de três milhões de palestinos. “O gabinete aprovou a proposta do ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e do ministro da Defesa, Israel Katz, de declarar e formalizar 19 novos assentamentos em Judeia e Samaria”, informou em nota o gabinete de Smotrich, utilizando a terminologia habitual em Israel para se referir à Cisjordânia, ocupada desde 1967.
Smotrich, colono e expoente da direita nacionalista religiosa, afirmou que a iniciativa busca sabotar a criação de um Estado palestino. “No terreno, estamos bloqueando a criação de um Estado palestino terrorista. Continuaremos desenvolvendo, construindo e povoando a terra de nossa herança ancestral, com confiança na justiça do nosso caminho”, declarou o ministro no comunicado.
Um relatório do secretário-geral da ONU indica que o crescimento destas colônias atingiu em 2025 um nível recorde desde que as Nações Unidas começaram a monitorá-las em 2017. “Condeno a expansão implacável da colonização israelense na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental (…) que ameaça a viabilidade de um Estado palestino plenamente independente, democrático, com continuidade territorial e soberano”, insistiu António Guterres nesse documento, transmitido aos membros do Conselho de Segurança.
Fonte: UOL





