O geólogo Guilherme Estrella, pai do pré-sal, questionou, em entrevista à TV 247, a venda de petróleo brasileiro para o estado de Israel, que, na sua visão, perpetra um genocídio em Gaza. “É incompreensível que o Brasil mantenha relações diplomáticas com Israel”, afirmou Estrella. “Eu, como cidadão brasileiro, me sinto envergonhado.”
O geólogo criticou duramente a postura do governo em relação ao conflito entre Israel e o povo palestino. “Israel ultrapassou todos os limites e continua quebrando. É hora de dar um basta”, declarou. Para Estrella, a violência em Gaza está ligada não apenas a fatores geopolíticos ou religiosos, mas a interesses energéticos ocultos: “A ocupação da Faixa de Gaza também tem como uma das motivações a descoberta de grandes reservas de gás.”
“A aliança entre Israel e Estados Unidos visa garantir uma estabilidade energética para este polo que está decadente.”
Estrella denunciou ainda a contradição ética e política da exportação de petróleo brasileiro para Israel em meio a um genocídio. “O fato de o Brasil exportar petróleo para Israel está dentro de um contexto que precisa ser enfrentado. É um problema humanitário, ético e civilizacional.”
O ex-diretor da Petrobras defende que o Brasil adote uma política energética soberana, desvinculada dos ditames geopolíticos impostos pelo capital internacional. “O Brasil tem o privilégio de ter energia de todas as formas – e de maneira abundante. A energia no Brasil tem que ser barata. Não podemos ter o preço do petróleo ligado ao mercado internacional”, disse ainda Estrella.
Fonte: Brasil 247