O plano do presidente dos EUA, Donald Trump, de reassentar palestinos de Gaza na Jordânia é uma receita para o radicalismo que espalhará o caos pelo Oriente Médio, colocará em risco a paz do Reino com Israel e até mesmo ameaçará a própria sobrevivência do país.
Essas são as advertências severas que o rei Abdullah, da Jordânia, planeja fazer a Trump quando se encontrar com o presidente dos EUA em Washington, em 11 de fevereiro, como parte de uma ofensiva diplomática contra qualquer realocação, de acordo com três altos funcionários jordanianos, todos os quais não quiseram ser identificados.
“Isso é existencial. Há uma oposição pública muito forte, e não é algo que a Jordânia possa entreter. Não é uma questão econômica ou de segurança para a Jordânia, é uma questão de identidade”, disse Marwan Muasher, um ex-ministro das Relações Exteriores da Jordânia que ajudou a negociar o tratado de paz da Jordânia com Israel em 1994.
Uma das principais autoridades disse que houve uma enxurrada de telefonemas do Rei Abdullah para angariar apoio dos pesos pesados regionais Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar.
“Este é o maior teste nas relações com nosso aliado estratégico”, disse a autoridade jordaniana.
“O presidente espera ter uma discussão sólida com Sua Majestade, o Rei Abdullah, sobre maneiras de colaborar para tornar o Oriente Médio mais pacífico”, disse Brian Hughes, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Questionado sobre o assunto, um alto funcionário do governo jordaniano disse que a posição do Reino foi claramente delineada em declarações recentes do Rei se opondo ao deslocamento em massa.
Fonte: Brasil 247