Bombardeios aéreos fizeram vítimas em diversos pontos do território palestino neste domingo (22).
Ataques israelenses em toda a Faixa de Gaza mataram pelo menos 17 palestinos, sendo oito deles em uma escola que abrigava famílias desabrigadas na Cidade de Gaza, informaram médicos que atuam no território palestino, segundo a agência de notícias Reuters. Na região norte de Gaza, o exército israelense ordenou a evacuação de um hospital.
Médicos palestinos contaram à agência que oito pessoas, incluindo crianças, foram mortas na Escola Musa Bin Nusayr.
O exército israelense disse em um comunicado que o ataque tinha como alvo militantes do Hamas que operavam um centro de comando dentro da escola. De acordo com o comunicado, os militantes do grupo terrorista usaram o local para planejar e executar ataques contra as forças israelenses.
Também na Cidade de Gaza, os médicos disseram que quatro palestinos morreram em um ataque aéreo que atingiu um carro. Pelo menos outros cinco palestinos foram mortos em dois bombardeios aéreos diferentes em Rafah e Khan Younis, ao sul da Faixa de Gaza.
Ordem de evacuação
Na cidade de Beit Lahiya, no norte de Gaza, onde o exército está operando desde outubro, Hussam Abu Safiya, o diretor do Hospital Kamal Adwan, disse que o exército ordenou que a equipe evacuasse o hospital e transferisse os pacientes e feridos para outro hospital na região.
Abu Safiya explicou que a missão era “quase impossível” porque a equipe não tinha ambulâncias para mover os pacientes, informou a Reuters.
Palestinos inspecionam os danos no local de um ataque israelense a uma casa, em meio ao conflito Israel-Hamas, em Deir Al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, em 22 de dezembro de 2024 — Foto: Ramadan Abed/Reuters
‘Limpeza étnica’
O exército israelense tem operado nas duas cidades do norte de Gaza, Beit Lahiya e Beit Hanoun, além do campo de refugiados de Jabalia, nos últimas três meses.
Os palestinos acusam Israel de realizar atos de “limpeza étnica” para desocupar essas áreas e criar uma zona de amortecimento. Israel nega e afirma que a campanha na região tem como objetivo combater militantes do Hamas e evitar que eles se reorganizem.
As alas armadas do Hamas e da Jihad Islâmica disseram que mataram muitos soldados israelenses em emboscadas durante o mesmo período. Intermediadores ainda não conseguiram garantir um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Fontes próximas às discussões disseram à Reuters na quinta-feira (19) que Catar e Egito conseguiram resolver algumas diferenças entre as partes em conflito, mas ainda persistem pontos de discórdia.
Israel iniciou os ataques a Gaza após os combatentes liderados pelo Hamas atacarem comunidades israelenses em 7 de outubro de 2023, matando 1,2 mil pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com os números israelenses.
Conforme informações de Israel, cerca de 100 pessoas ainda estão sendo mantidas reféns, mas não está claro quantas estão vivas.
As autoridades de Gaza afirmam que a campanha militar de Israel matou mais de 45 mil palestinos e deslocou a maioria da população de 2,3 milhões. Grande parte da Faixa de Gaza está em ruínas.
Fonte: G1