Publicamos abaixo, nota recebida pela nossa redação de estudantes de Escola Estadual Professora Izaura Antônia de Lisboa.

“Representantes de Grêmio Estudantil são coagidos em Arapiraca – AL

No dia 27 de julho, quarta-feira, o Grêmio Estudantil, Revolução EPIAL, realizou Assembleia Geral para debater com os estudantes situações de assédio, intolerância religiosa e racismo que vinha acontecendo na Escola Estadual Professora Izaura Antônia de Lisboa (EPIAL) nas últimas semanas. A assembleia encaminhou que os estudantes organizariam rodas de debates para discutir temas sobre racismo, machismo, novo ensino médio, entre outros, dentro da escola, além disso, após assembleia, os estudantes ainda realizaram oficina de cartazes denunciando as opressões que vinham acontecendo lá dentro.

No dia seguinte, na manhã de quinta-feira, 28 de julho, o Grêmio Estudantil foi intimado para reunião com a 5ª Gerência Regional do Estado de Alagoas, juntamente com gestão da escola, fechados dentro do auditório da escola. Os estudantes, maioria menor de idade, foram recebidos pelo gerente da 5ª GERE aos gritos, afirmando que o grêmio não tinha direito de chamar assembleia e que na escola, professor fala e estudante obedece calado, sem dar possibilidade que o grêmio falasse, silenciado de toda forma. Além disso, o gerente impediu que estudante menor de idade, que estava passando mal, saísse do auditório.

É irônico como a tentativa de intimidação contra os representantes do grêmio aconteceu apenas um dia após assembleia construída pela entidade para discutir com os estudantes e reivindicar da escola formas de combate ao preconceito, intolerância religiosa e seriedade na investigação dos casos de assédio. Mais uma vez, buscam censurar o direito à liberdade de expressão e de organização dos estudantes. A verdade é que a gente sabe de onde vem essas práticas.

Não podemos normalizar que gestores tentem intimidar as entidades estudantis, em uma tentativa de silenciar o movimento estudantil dentro da escola, principalmente no momento que estamos vivendo com o governo autoritário de Bolsonaro que ameaça militarizar as escolas e corta as verbas da educação para alimentar o orçamento secreto dos seus aliados.

A censura e o autoritarismo são marcas desse governo e desse sistema que não serve ao povo e à juventude. Exigimos o direito à livre organização do grêmio estudantil! Previsto em lei, é direito dos estudantes se articularem por suas reinvindicações na escola. 

A Educação que defendemos passa pela revogação das políticas de retirada de direitos, como a EC 95 do Tetos de Gastos e a reforma do Ensino Médio. É para que os estudantes possam ser ouvidos e tenham o direito ao tipo de escola querem – segura, com educação de qualidade, liberdade de expressão – que lutamos, buscando abrir uma saída para a juventude com Lula presidente para reconstruir e transformar o país a partir de uma Constituinte Soberana. 

A JRdoPT apoia os estudantes do grêmio e os demais estudantes da escola. Entendemos que não dá mais pra aguentar esse tipo de política que tenta intimidar e sufocá-los junto de suas reivindicações. Seguimos na luta pelo fim do governo Bolsonaro e exigimos o fim das opressões vividas dentro da escola.

Juventude Revolução do PT – AL

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