Segundo os organizadores, 2 milhões de franceses protestaram nesse primeiro de maio, contra a reforma da previdência do presidente Emmanuel Macron

O Ministério do Interior estimou o número total de manifestantes em 782 mil, incluindo 112 mil na capital Paris. Mas o sindicato CGT diz que o número é três vezes maior que o divulgado pelo órgão estatal.

Os números desta mobilização considerada histórica vão muito além de um clássico 1º de Maio. Esta é a primeira vez em 14 anos que os sindicatos franceses se unem sob a mesma bandeira para o Dia Internacional do Trabalhador. Um último desfile unido com os oito principais sindicatos do país aconteceu em 2009, diante da crise econômica.

Aos franceses se somaram representantes sindicais estrangeiros, como coreanos, turcos, suíços, colombianos, norte-americanos e espanhóis.

Os sindicatos não aceitam as mudanças que aumentam a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. Os sindicatos querem impedir que a medida seja implementada.

Durante a manifestação houve repressão e confronto com a polícia. Pelo menos 291 pessoas foram presas e 108 policiais ficaram feridos durante os protestos que ocorreram em toda a França nesta segunda-feira, feriado do Dia do Trabalho.

Macron assinou a reforma em lei no dia 15 de abril, horas depois de o Conselho Constitucional da França ter apoiado amplamente as mudanças. Mas as pesquisas de opinião mostram que a grande maioria da população se opõe à idade de aposentadoria mais alta.

As reformas devem entrar em vigor em setembro.

Fonte: Redação com BBC News Brasil e RFI

Deixe uma resposta