Venezuela's President Nicolas Maduro waves a flag during a rally to mark the anniversary of late Venezuelan President Hugo Chavez's initial coup attempt in 1992, in Caracas, Venezuela, February 4, 2024. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

A informação foi divulgada pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello. Ele também citou a apreensão de 400 fuzis dos EUA e um suposto plano de atentado contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Espanha e Estados Unidos negam as acusações.

Três americanos, dois espanhóis e um cidadão tcheco foram detidos na Venezuela, acusados de estarem vinculados a um suposto plano para “desestabilizar” e gerar “ações violentas” no país.

O anúncio foi feito neste sábado (14) pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, que relatou a apreensão de 400 fuzis dos Estados Unidos.

“A Espanha nega e rejeita absolutamente qualquer insinuação de estar implicada em uma operação de desestabilização política na Venezuela“, disse à Reuters uma fonte do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

“O governo confirmou que os (dois cidadãos espanhóis) detidos não fazem parte do Centro de Inteligência Nacional ou de qualquer organização estatal. A Espanha defende uma solução democrática e pacífica para a situação na Venezuela“.

No sábado à noite, um porta-voz do Departamento de Estado americano classificou como “categoricamente falsas” as acusações de que os EUA estariam envolvidos em um complô para desestabilizar o governo Maduro.

Cabello citou também um suposto plano de atentado contra o presidente Nicolás Maduro e autoridades do Executivo, após as eleições de 28 de julho. Na data, foi proclamada a reeleição de Maduro, em meio a denúncias de fraude pela oposição.

“Foram recentemente detidos dois cidadãos espanhóis em Puerto Ayacucho [Amazonas, sul], José María Basua e Andrés Martínez Adasme”, disse Cabello em uma coletiva de imprensa. Ele também falou sobre um plano para supostamente “gerar violência” e “desestabilizar” o país.

Cabello acrescentou que foram capturados um cidadão tcheco e três americanos, identificados como Wilbert Josep Castañeda, um “militar da ativa” e “chefe” da operação, Estrella David e Aaron Barren Logan.

As prisões ocorrem em meio a fortes tensões diplomáticas entre Caracas e os governos da Espanha e dos Estados Unidos.

O funcionário confirmou que um militar americano foi detido e citou “relatórios não confirmados de outros dois cidadãos americanos detidos na Venezuela“.

Nesta semana, a Venezuela chamou sua embaixadora em Madri para consultas e convocou o embaixador espanhol em Caracas para protestar contra os questionamentos à reeleição de Maduro.

As relações com o país europeu também se complicaram pela decisão do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, de se reunir em La Moncloa com o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que é procurado pela justiça de seu país e viajou à Espanha para solicitar asilo.

Cabello vinculou os supostos planos para “atacar” a Venezuela a centros de inteligência da Espanha, dos Estados Unidos e à líder opositora María Corina Machado, além de outros dirigentes.

“Contataram mercenários franceses, mercenários do leste europeu e estão em uma operação para tentar atacar nosso país”, acrescentou.

Segundo ele, todos os detidos estão confessando.

Foram apreendidos “mais de 400 fuzis”, que seriam usados “para atos terroristas aqui na Venezuela, terrorismo promovido por setores políticos”, apontou o ministro.

“Nós, inclusive, sabemos que o governo dos Estados Unidos está vinculado a essa operação”, concluiu.

Fonte: G1

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