Os trabalhadores e trabalhadoras da CASAL lotaram o pátio sede da empresa no dia 19 de fevereiro, quando repudiaram a tentativa do governo do estado de entregar o restante da empresa para o capital privado, através da inscrição da CASAL no programa do BNDES para ser submetida a um novo leilão.

Segundo o Sindicato, desta vez, a intenção é entregar os mananciais de água do povo alagoano, ou seja, vão colocar nas mãos de interesses públicos, que apenas visam lucro, o que a natureza produz sem custo algum e, um bem essencial à vida humana.

Segundo Dafne Orion, presidenta do Sindicato dos Urbanitários, os blocos A, B e C, que já foram privatizados, através das concessões envolvendo 74 municípios alagoanos e, entregues às empresas privadas BRK, Águas do Sertão e Verde Alagoas, são uma demonstração clara dos prejuízos de se privatizar serviços essenciais como água e energia.

Após mais de quatro anos do início do processo de privatização da água em Alagoas, temos visto protestos quase diários da população alagoana contra o aumento das tarifas, a precarização dos serviços e a falta de água constante.

Segundo Dafne Orion, não há argumento que demonstre qualquer vantagem em se entregar a água ao capital privado, “em todos os locais no Brasil e no mundo onde a água foi privatizada, os governos já estão reestatizando os serviços, pois somente uma água pública pode garantir sua universalização, portanto, estamos indo na contra mão do mundo”, alerta a presidenta.

Segundo o Sindicato, a categoria não irá aceitar, mais uma vez, que a população e os trabalhadores e trabalhadoras da empresa paguem o preço por uma ação cujos resultados já são conhecidos como danosos para todos.

“A categoria está mobilizada e irá lutar até o fim para que todos tenham acesso a água, mesmo quem não possa pagar, pois água é um direito e indispensável à vida. Queremos a garantia dos empregos dos trabalhadores e trabalhadores, devidamente concursados, que não vão pagar pelo descaso das autoridades”, afirmou a presidenta.

Segundo Dafne Orion, o Sindicato irá lutar em todas as instâncias possíveis, no legislativo, executivo e no judiciário, na busca de um reversão dessa situação. “Já protocolamos ofícios para o governo do Estado pedindo uma audiência para discutir a questão e, temos certeza, que o governador Paulo Dantas irá nos receber, pela sua sensibilidade com o povo e os trabalhadores”, concluiu a presidenta.

Fonte: Ascom/Urbanitários

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