Presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Silvia Melo questiona silêncio da Secretaria de Estado da Saúde
A Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) está vivendo, novamente, dias de lotação em sua unidade, com pelo menos 10 pacientes gestantes aguardando atendimento. Outras 14 mulheres internadas no setor de triagem.
O quadro de superlotação preocupa os especialistas na área de saúde devido à alta probabilidade de risco à saúde das mães, bebês e até mesmo dos acompanhantes.
O Sindicato dos Médicos de Alagoas enviou um vídeo à reportagem do Jornal Tribuna Independente mostrando a situação da maioria das gestantes, parturientes e recém-nascidos.
Gestantes alojadas em colchão no chão. Recém-nascido em leito no corredor, bem próximo aos adultos. Mulheres que acabaram de dar à luz, aguardando alta hospitalar deitadas no chão, acima apenas de colchões. Pacientes sendo assistidos pelos seus próprios acompanhantes e alguns acompanhantes sentados nas camas dos pacientes, o que é proibido.
A presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Silvia Melo, questionou o silêncio da Secretaria de Estado da Saúde sobre a situação na maternidade.
“A situação está insustentável. Lamentável o que está acontecendo nos corredores da Maternidade, com mulheres se espremendo para serem atendidas”, denunciou.
Por meio de nota, a Maternidade Escola Santa Mônica informou que está enfrentando um quadro de superlotação, com número acima da capacidade ideal de pacientes internadas, que é de 40 leitos para gestantes e puérperas, e 10 leitos de pré-parto.
Na última quarta-feira, a Santa Mônica estava com 15 pacientes internas acima da capacidade.
A Maternidade é referência estadual no atendimento a gestantes e recém-nascidos de alto risco, encaminhados de diversos municípios alagoanos, por isso, ocasionalmente, ocorrem situação de superlotação. Vale destacar que, por se tratar de casos que exigem cuidados especializados e contínuos, o tempo médio de internação é maior do que em maternidades de risco habitual, o que torna a rotatividade mais lenta.
A direção da unidade ressaltou que a Maternidade não pode e não deve fechar suas portas à alta demanda, uma vez que as gestantes encaminhadas ao local pelas unidades necessitam de assistência imediata e segura, por serem casos de risco elevado, que demandam estrutura e equipe específicas.
A direção reforçou também que a solução definitiva para as situações de superlotação passa pelo fortalecimento da rede de atenção obstétrica, que é responsabilidade dos municípios, com o funcionamento efetivo do pré-natal, principalmente na prevenção e controle das síndromes hipertensivas, das diabetes descompensadas e na realização dos exames de rotina, que devem ser solicitados e garantidos às gestantes em tempo hábil para intervenções oportunas.
Fonte: Tribuna Hoje






