O pastor é suspeito de envolvimento em 11 homicídios nas cidades de Vicência e Machados, em Pernambuco
Na última quinta-feira (21), a polícia de Goiás prendeu Flávio Severino da Silva, conhecido como “Babidy”, presbítero da Assembleia de Deus na Paraíba. O pastor é suspeito de envolvimento em 11 homicídios nas cidades de Vicência e Machados, em Pernambuco.
A investigação revelou que Babidy mantinha uma vida dupla, desempenhando o papel de presbítero na igreja enquanto atuava como pistoleiro de aluguel em Pernambuco. A prisão ocorreu em Quirinópolis, Goiás, e a operação, denominada “Juízo Final”, foi conduzida pela Polícia Civil goiana, com apoio da Polícia Civil de Pernambuco.
A suspeita é que o pastor recebia grandes quantias de dinheiro para realizar assassinatos, especialmente de traficantes que se recusavam a cooperar com uma organização criminosa. O delegado Thiago Henrique destacou que um dos principais casos atribuídos a Babidy foi um triplo homicídio em Vicência, ocorrido em plena luz do dia, próximo à delegacia da cidade.
Das 11 vítimas, duas não tinham envolvimento com crimes. Uma delas teve a execução filmada por uma câmera de segurança em Vicência.
Flávio, segundo a corporação, era o principal alvo da operação Juízo Final, em que foram expedidos dez mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão contra suspeitos de homicídios e tráfico de drogas. A operação foi deflagrada no dia 8 de dezembro.
O delegado Thiago Henrique, que preside a operação, contou que dez mortes ocorridas em Vicência tiveram a participação do presbítero confirmada. Além disso, outro homicídio ligado a ele aconteceu em Machados.
“Ele exercia essa função de pistoleiro a mando de uma organização criminosa, e ele era incumbido da tarefa de eliminar rivais. Essas ordens partiam de dentro dos presídios, tanto que no dia 8, dia da operação, cumprimos mandados de busca e apreensão em diversas unidades prisionais do estado”, afirmou o delegado.
Uma das vítimas do criminoso foi identificada como Elias de Souza Lemos, de 55 anos. Ele foi morto no dia 7 de setembro deste ano por, supostamente, estar denunciando crimes da facção que contratava o pistoleiro.
O criminoso o matou e ainda procurou o filho da vítima, que não foi encontrado. Imagens do crime mostram Flávio e um comparsa correndo atrás da vítima, o executando e, em seguida, fugindo do local.
Fontes: G1 e DCM