Cenário de guerra se instala em manifestação contra privatização na educação; polícia usa bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para reprimir professores

Nesta segunda-feira (3), movimentos sociais e sindicatos da educação se concentraram na frente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) contra o projeto do governador Ratinho Júnior (PSD-PR) que prevê a terceirização da gestão das escolas da rede estadual.

Às 14h, o projeto foi aprovado no plenário. Os milhares de manifestantes tentaram entrar no parlamento estadual para pressionar os parlamentares, mas foram barrados pela polícia. A repressão começou com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

“É um absurdo a que deveria ser a casa do povo não permitir a entrada de pessoas em um dia em que teremos a votação do projeto que pode privatizar escolas no Paraná”, disse a deputada estadual Ana Júlia (PT).

O protesto contou com apoio de diversos parlamentares do estado, como Requião Filho (PT) e Arilson Chiorato (PT), além do pré-candidato à prefeitura de Curitiba, Roberto Requião (Mobiliza).

A data também marca o primeiro dia de greve da educação estadual contra a proposta do governo.

A oposição tenta judicializar o PL, e deve recorrer na justiça para tentar barrar a privatização da gestão de escolas públicas.

O diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, Roberto Costa Curta, pediu aos gabinetes dos parlamentares que liberassem seus funcionários do dia de trabalho.

“Pedimos aos gabinetes parlamentares que liberem todos os seus funcionários para irem para casa por favor”, disse o diretor, às 12h37, horas antes da chegada da manifestação à casa parlamentar.

Fonte: Revista Fórum

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