Um professor de 53 anos foi brutalmente agredido dentro do Centro Educacional 4 (CED 4), no Guará, Distrito Federal, após chamar a atenção de uma aluna que usava o celular durante a aula. O episódio ocorreu na manhã de segunda-feira (20) e terminou com o pai da estudante, identificado como Thiago Lênin Sousa, desferindo nove socos na cabeça do docente, que ficou com o olho roxo e hematomas nas costas, veja o vídeo.
De acordo com o relato do professor, a confusão começou quando ele pediu que a aluna parasse de usar o telefone e copiasse o conteúdo do quadro. A estudante teria se irritado e acionado o pai, que foi até a escola tirar satisfação. Minutos depois, Thiago entrou na unidade e atacou o educador dentro da sala da coordenação, diante de outros funcionários e alunos.
As câmeras de segurança do colégio registraram toda a agressão. Nas imagens, é possível ver o homem desferindo uma sequência de golpes enquanto o professor tenta se proteger. Em um momento de desespero, a própria filha do agressor tenta impedir as agressões, aplicando um “mata-leão” no pai para contê-lo. Outras três estudantes também presenciaram a cena.
Após o ataque, Thiago Lênin Sousa foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) — documento usado em casos de crimes de menor potencial ofensivo. Ele vai responder em liberdade pelos crimes de lesão corporal, injúria e desacato.
ABSURDO | No DF, um professor de 53 anos foi agredido com socos pelo pai de uma aluna após pedir que a estudante parasse de mexer no celular durante a aula. Câmeras de segurança registraram quando o homem invade a sala da coordenação e ataca o educador, que ficou com um olho roxo… pic.twitter.com/zkhuusWZFp
— Rádio 93.3FM – RJ (@93FmGospel) October 21, 2025
Agressor disse que professor xingou filha
Durante o depoimento, o agressor alegou que a filha o havia informado que o professor teria xingado a estudante, e admitiu que “partiu para cima” do docente, mas negou ter feito ameaças. Procurado pela imprensa, ele disse que não vai se manifestar sobre o caso.
O professor, que recebeu atendimento médico após o episódio, afirmou que ainda está abalado com a violência sofrida e classificou a situação como “inacreditável”.
Nota da Secretaria
Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que a Coordenação Regional de Ensino do Guará está acompanhando o caso e que a Corregedoria da pasta vai apurar os fatos. O órgão também determinou o reforço da segurança na entrada e saída dos alunos, com apoio do Batalhão Escolar.
“A Secretaria repudia qualquer forma de violência no ambiente escolar e reafirma o compromisso de garantir um espaço seguro, acolhedor e respeitoso para toda a comunidade”, diz o comunicado oficial.
Fonte: ICL