Flávio Show – Funcionário dos Correios
Maceió, 17 de Novembro de 2024
A semana que passou foi um estouro em todos os sentidos, onde tudo levaria a crer que o assunto mais importante na Terra de Vera Cruz seria a PEC do fim da escala 6×1 encampado pela Deputada Erika Hilton do Psol de São Paulo , mas eis que surge no meio do caminho uma pedra, na verdade, um “tiü”, com trema e tudo, pra melar ou pelo menos ofuscar a vitória da Esquerda em conseguir assinaturas suficientes para debater algo tão relevante para os trabalhadores amarelinhos, pauta que colocou a Direitinha Golpista na defensiva, deixando em lados opostos o deputado Nikolas e o Senador Cleitinho. Quem diria que uma Deputada da bancada LGBT+ seria capaz de “forçar” o Senador Cleitinho a gravar um vídeo defendendo a PEC? Pare o mundo que eu quero descer”(Raul Seixas)
Eis que surge um “tiü”, sim, com trema mesmo, para colocar o Brasil Varonil, novamente, no seleto e repugnante grupo dos paises terroristas. Francisco Wanderley ou Tiü França ficou mundialmente famoso ao tentar explodir a estátua da justiça no STF com bombas de fabricação caseira. O homem conseguiu em poucos minutos fazer o que nenhum parlamentar eleito no Congresso fez; implodir o projeto de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro. Tiü França deixou sua contribuição para o país, mesmo não fazendo parte de nenhuma bancada no Parlamento, nem da bancada da bala, do boi, da bíblia e muito menos da bomba.
A pergunta que não quer calar é: Como uma pessoa que era dita pelos parentes como “normal” foi capaz de estampar as capas de todos os jornais do mundo inteiro, desde o Tribuna Independente de Alagoas ao inexpressivo New York Times, com a alcunha de homem bomba? Como? Como?
As Reflexões fez todos os exercícios para tentar decifrar as mensagens deixadas pelo terrorista antes do acontecido no STF e chegou a conclusão mais óbvia de todas, a imersão de cidadãos comuns nas redes bolsonaristas provoca uma divisão entre o mundo real e o fictício. Vimos isso nos acampamentos em frente aos quartéis com pessoas que acreditavam que em 72 horas com orações para pneus e contatos imediatos com alienígenas patrióticos salvariam o país do “comunismo” lulista, esse mundo fantasioso levou centenas de pessoas à Brasília para uma tentativa de golpe de Estado que resultou no encarceramento de centenas de “senhorinhas com a bíblia na mão” e futuros Tiüs Franças.
Tiü França não é o resultado da alucinação política vivida no Brasil nos últimos anos, na verdade ele é o começo, o embrião de um novo modelo de eleitor, uma espécie de talibã tupiniquin que até acredita em Alá, mas depois de 2018 se transformou em um “talibobo” ao acreditar no messias, Jair Messias.
Boom!
Reflexões* Flávio Show 2024 , ano 04 – Edição 205