Em ato no Calçadão do Comercio, as manifestantes exigem que projeto seja ‘enterrado’

Segurando cartazes contra o PL 1904 e o presidente da Câmara Arthur Lira, dezenas de manifestantes, participaram ontem, 27/06, no centro de Maceió (AL), de um ato público.

As manifestantes representavam dezenas de entidades e movimentos, que exigiam o enterro do projeto de lei que equipara o aborto legal feito após a 22ª semana de gravidez ao homicídio simples. O ato começou às 16 horas em frente ao antigo Produban.

Adriana Emídio, militante da Juventude Revolução, condenou a postura de Arthur Lira, “que colocou para votar em regime de urgência este PL, que condena as mulheres a morte e ao encarceramento em massa”. Para a ativista, “a luta só para quando derrotarmos esse PL”.

Lenilda Lima, da direção executiva da CUT-AL, também defendeu o arquivamento do PL. “Estamos na rua contra esse PL 1904, que criminaliza os corpos das mulheres e crianças. Nossa luta vai enterrar esse PL”.

Se ocorrer a aprovação do PL 1904, a pena para as mulheres vítimas de estupro que abortarem após a 22ª semana de gravidez será maior do que a dos estupradores. Pela legislação atual, o aborto é permitido em casos de estupro, risco a vida da mãe e de fetos anencefálicos. Não havendo previsão de tempo máximo da gestação para que seja realizado.

O projeto que tem o apoio da bancada evangélica e dos bolsonaristas, foi proposto pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e assinado por outros 31 deputados.

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