Ultranacionalistas israelenses insultam e atacam palestinos durante marcha que celebra ocupação da parte oriental de Jerusalém por Israel

Extremistas israelenses marcharam nessa segunda-feira (26/5) em Jerusalém Oriental para assinalar o “Dia de Jerusalém”, celebração anual da ocupação israelense da parte oriental da cidade, atacando palestinos e entoando slogans nacionalistas.

Aos gritos de “morte aos árabes”, grupos de jovens israelenses percorreram os bairros muçulmanos da Cidade Velha de Jerusalém em meio a um forte calor, com temperaturas chegando a 37ºC no fim da tarde.

Comerciantes palestinos fecharam suas lojas mais cedo, e a polícia se posicionou antes da marcha, que frequentemente se transforma numa procissão violenta de ultranacionalistas.

Grupos de jovens atacaram comerciantes e transeuntes palestinos, ativistas israelenses dos direitos humanos, jornalistas e policiais. Alguns manifestantes exibiam faixas onde se lia “67 – Jerusalém nas nossas mãos; 2025 – Gaza nas nossas mãos”.

Pela manhã, antes do início da marcha, ativistas israelenses pela paz distribuíram flores para se contrapor ao que chamaram de mensagem de divisão da manifestação ultranacionalista.

“Ódio, racismo e intimidação”

A violência eclodiu pouco depois do meio-dia, segundo testemunhas, quando jovens manifestantes começaram a provocar os poucos comerciantes que ainda não haviam fechado suas lojas.

Os manifestantes, em sua maioria jovens israelenses que vivem em assentamentos na Cisjordânia ocupada por Israel, também atacaram jornalistas e ativistas de esquerda israelenses que observavam o protesto.

O líder oposicionista da esquerda israelense Yair Golan, ex-vice-comandante das Forças Armadas, declarou-se chocado com as imagens de violência na Cidade Velha. “Isso não é amar Jerusalém. Isso é ódio, racismo e intimidação.”

Por sua vez, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, declarou que Jerusalém permanecerá “unificada e sob a soberania israelense”, durante uma reunião de gabinete realizada em Jerusalém Oriental na manhã de segunda-feira.

Fonte: Metrópoles

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