A ONG francesa Médicos Sem Fronteiras (MSF) faz uma forte denúncia nesta quarta-feira. Segundo a coordenadora de emergência da organização na Faixa de Gaza, Amande Bazerolle, o enclave se tornou “uma vala comum para os palestinos e todos aqueles que chegam para ajudá-los“. Apesar dos apelos da comunidade internacional de proteção aos civis, o ministro Israel prossegue com sua política de genocídio em Gaza.
– Assistimos, em tempo real, à destruição e ao deslocamento forçado de toda a população de Gaza – declarou Amande Bazerolle da MSF. Ela relatou que a resposta humanitária aos moradores do território palestino está “gravemente obstruída pela insegurança constante e pela escassez crítica”. Os estoques de alimentos, água potável, combustíveis e medicamentos estão esgotados, segundo a MSF.
Os ataques israelenses mais recentes demonstram “um flagrante desprezo pela segurança dos trabalhadores humanitários e médicos em Gaza”, acrescentou a organização, que perdeu 11 colaboradores desde o início da guerra no território palestino.
“Pedimos às autoridades israelenses que acabem imediatamente com o cerco desumano e mortal imposto a Gaza, que protejam as vidas dos palestinos, assim como as dos trabalhadores humanitários e médicos, e que trabalhem em conjunto com todas as partes para restabelecer e manter um cessar-fogo”, prosseguiu a ONG.
Há dois dias, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse que o território palestino estava enfrentando “provavelmente a pior” situação humanitária desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
Redação com Carta Capital