Homens armados sequestraram mais de 300 estudantes e professores em um dos maiores sequestros em massa na Nigéria, afirmou um grupo cristão neste sábado (22/11), em meio a uma crescente preocupação com a segurança do país mais populoso do continente africano.
Este é o segundo sequestro nesta semana em uma escola da Nigéria, ameaçada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com uma intervenção militar devido a uma suposta campanha de violência jihadista contra cristãos.
A incursão ocorreu na manhã de sexta-feira (21/11) na escola St. Mary’s, no estado de Níger (centro). Segundo a Associação Cristã da Nigéria (CAN, na sigla em inglês), os agressores armados levaram “303 estudantes e 12 professores”.
Este número representa quase metade dos 629 alunos matriculados na instituição.
Na segunda-feira (17/11), um grupo de homens armados havia sequestrado 25 alunas de uma escola de ensino médio no estado vizinho de Kebbi (noroeste).
O governo nigeriano não comentou o número de sequestrados na sexta-feira. Segundo o governador do estado de Níger, Umar Bago, o Departamento de Inteligência e a polícia estão “fazendo o levantamento” e o balanço será divulgado neste sábado.
Estes sequestros, somados a um ataque contra uma igreja nesta semana, colocaram em alerta os líderes do país.
Autoridades locais dos estados de Níger, Katsina e Plateau ordenaram o fechamento de todas as escolas como medida de precaução. O Ministério da Educação também determinou o fechamento de 47 internatos de ensino médio em todo o país.
O presidente Bola Tinubu cancelou seus compromissos internacionais, incluindo sua participação na cúpula do G20 na África do Sul, para gerenciar a crise.
Na sexta-feira (21/11), o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, instou Abuja a “tomar medidas urgentes e sustentadas para deter a violência contra os cristãos”, durante conversas com o conselheiro de Segurança Nacional da Nigéria, Nuhu Ribadu, indicou o Pentágono em um comunicado.
Fonte: O Tempo






