A Justiça de SP determinou que a Igreja Universal devolva R$ 30 mil doados por uma fiel portadora de doença mental. A ação foi feita em agosto de 2017, quando a mulher tinha 42 anos. De acordo com o processo aberto pela família, ela parou de tomar seus medicamentos psiquiátricos por influência da Igreja, acreditando que seu problema era “espiritual”.

A fiel, diagnosticada com transtorno afetivo bipolar, foi internada novamente para tratamento psiquiátrico cerca de um mês após a doação. Um laudo médico apontou que ela apresentava agitação, comportamento agressivo e mania de grandeza. A advogada Tula dos Reis Laurindo afirmou que “a interditada, acreditando poder ser curada, deixou de tomar os medicamentos e acabou sendo induzida a praticar a doação”.

A Universal alegou que não havia provas de que a mulher não estava apta para compreender o ato no momento da doação e que a segunda internação ocorreu mais de 45 dias após a doação. No entanto, a defesa foi apresentada fora do prazo legal. O juiz Rodrigo Carvalho concluiu que, pela lei, é nula a doação feita por pessoa incapaz e condenou a Igreja a devolver o valor de R$ 30 mil, acrescido de juros e correção. A Universal ainda pode recorrer da decisão.

Fonte: DCM

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