Gilberto Gonçalves, prefeito de Rio Largo, e mais quatro secretários são afastados dos cargos, o afastamento cautelar dos agentes públicos dos cargos é pelo prazo de 60 dias
Após as denúncias de desvios na casa de milhões de reais de verbas da saúde e educação em Rio Largo, município da região metropolitana de Maceió, o prefeito Gilberto Gonçalves (PP) e mais quatro secretários foram afastados dos cargos nesta quinta-feira (11).
O afastamento provisório é resultado da operação Beco da Pecúnia deflagrada hoje pela Polícia Federal. Os secretários afastados são de Educação, Saúde, Finanças e Assistência Social.
A informação foi confirmada por funcionários da própria prefeitura municipal. Quem deve assumir o comando do Município é a vice-prefeita, Cristina Gonçalves, esposa de Gilberto.
Segundo determinação judicial, o afastamento cautelar dos agentes públicos dos cargos é pelo prazo de 60 dias. Conforme divulgado pela assessoria de Comunicação da Polícia Federal em Alagoas, eles também estão proibidos de frequentar órgãos públicos do município; manter contatos entre si e de se ausentarem do país.
Também estão suspensos os contratos firmados entre as pessoas jurídicas e o município de Rio Largo.P Município ainda irá se posicionar sobre o assunto.
A operação Beco da Pecúnia investiga possíveis desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, praticados em Rio Largo, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS).
A investigação apontou que R$10,6 milhões em repasses feitos pela prefeitura de Rio Largo às empresas Litoral e Reauto foram sacados por funcionários das firmas na boca do caixa, entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022. Ao todo, foram 233 saques de valores superiores a R$10 mil, sendo que 185 foram de R$ 49 mil. Para a PF, os saques são uma tentativa de “driblar” a regra do Banco Central que prevê que todos os saques acima de R$50 mil são comunicados automaticamente ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Fonte: Jornal de Alagoas