Visita do primeiro-ministro genocida de Israel Benjamin Netanyahu, tem provocado uma onda de protestos nos EUA

Centenas de ativistas judeus antissionistas tomaram o hall do Capitólio, sede do Poder Legislativo nos Estados Unidos, reivindicando o fim do envio de armas a Israel.

As informações são da agência de notícias Al Jazeera.

Os ativistas revelaram a manifestação ao removerem suas blusas e casacos para revelar camisetas com os dizeres “Basta de armar Israel”. Em seguida, entoaram slogans como “Deixem Gaza viver” e “Não em nosso nome”.

O protesto coordenado foi convocado pelo coletivo antissionista Jewish Voice for Peace (JVP) e pegou de surpresa assessores e policiais.

O ato antecedeu em um dia antes um discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao Congresso dos Estados Unidos, a convite de parlamentares de ambos os partidos.

O governo de Netanyahu conduz um genocídio em Gaza há quase dez meses, deixando 39 mil mortos e 90 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. As operações de Israel têm “apoio incondicional” da Casa Branca do presidente Joe Biden.

A gestão democrata autorizou mais de US$14 bilhões em ajuda militar a Israel, além de manter seu fluxo de armas e bombas. Além disso, vetou três resoluções por cessar-fogo no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Em maio, sob pressão em meio a um conturbado processo eleitoral, Biden pediu o fim da guerra, ao sugerir um acordo escalonado para troca de prisioneiros — contudo, sem qualquer avanço até então.

Abby Stein, rabina e ativista, alertou que os apelos por cessar-fogo de Washington são mero discurso, ao reiterar que seu coletivo pede ações efetivas, incluindo fim da guerra e embargo de armas contra Israel.

“Ninguém estará seguro enquanto os Estados Unidos enviarem bilhões de dólares em armas a Israel”, reiterou Stein à Al Jazeera. “Esta é uma das piores atrocidades já vistas, ocorrendo bem diante de nossos olhos”, acrescentou.

Judeus antissionistas — movimento crescente nos Estados Unidos e no mundo — vêm organizando atos por todo o país, incluindo uma manifestação similar no Capitólio em outubro, além de marchas, ocupações em gabinetes políticos e mesmo greves.

Para Stein, os protestos disseminam conscientização sobre Gaza e expõem os crimes da ocupação. “Definitivamente ajuda, ao mostrar à imprensa que há dezenas de milhares de judeus que se opõem ao que faz o governo de Israel”, comentou Stein.

A polícia do Capitólio logo fechou o perímetro para realizar prisões.

Manifestantes com as mãos algemadas, no entanto, mantiveram gritos pró-Palestina ao serem levados pelas forças repressivas.

Um organizador do JVP reportou à imprensa que os manifestantes foram processados e liberados sem acusações. O coletivo estimou 400 prisões, embora sem confirmação da polícia do Capitólio.

“Por nove meses, assistimos horrorizados o governo israelense executar um genocídio, armado e financiado pelo Congresso americano e o governo Biden, que tem o poder de acabar com isso hoje mesmo”, notou Stefanie Fox, diretora executiva do JVP.

“Em vez disso, nosso presidente se prepara para encontrar Netanyahu, e a liderança do Congresso decidiu honrá-lo com um convite ao plenário”, reafirmou. “Contudo, basta! Biden e o Congresso têm de ouvir o povo: Queremos um embargo de armas para salvar vidas!”

Fonte: Monitor do Oriente

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