Professores, funcionários públicos e dos serviços de transporte público param nesta quarta-feira (1º). Eles pedem aumento de salário compatível com crescimento do custo de vida no país.
Professores, funcionários públicos, maquinistas de trem e motoristas de ônibus do Reino Unido fazem nesta quarta-feira (1º) a maior greve geral do país na última década. A paralisação é um protesto por melhores salários diante do aumento brusco no custo de vida dos britânicos.
Milhares de escolas e universidades ficaram total ou parcialmente fechadas – o sindicato nacional de educação fala de 85% das instituições de ensino afetadas pela paralisação. Já o Ministério da Educação garante que a maioria delas abriu, mesmo que com menos aulas que o normal.
Entre as reivindicações, os grevistas pedem:
- Aumentos salariais acima dos 5% ofertados pelo governo a professores;
- Equiparação dos salários com a alta da inflação no Reino Unido;
- Correção dos valores – segundo os principais sindicatos, a remuneração média de funcionários públicos piorou em 203 libras (mais de R$ 1.500), na comparação com 2010 e com o custo de vida atual.
A última vez que houve uma greve geral da mesma dimensão no Reino Unido foi em 2011, quando mais de um milhão de trabalhadores do setor público fizeram uma paralisação por negociações sobre pensões com o governo.
A secretária-geral do Sindicato Nacional de Educação, Mary Bousted, afirmou à agência de notícias Reuters que os professores de seu sindicato sentiram que muitos professores estão deixando a profissão por conta dos salários.
“Houve nos últimos 12 anos um declínio realmente catastrófico nos salários”, afirmou.
A paralisação do Reino Unido acontece um dia depois de trabalhadores pararem a França com uma greve e grandes protestos contra a reforma da previdência do país.
A medida, sugerida pelo presidente Emmanuel Macron, quer aumentar a idade para a aposentadoria e vem enfrentando forte resistência na sociedade.
Fonte: G1