Panfletagem em Maceió e caminhada em Arapiraca foram realizadas na manhã da quinta (24)
No primeiro dia da GREVE dos/as trabalhadores/as da educação da rede estadual de Alagoas, o Sinteal organizou um ato público na Praça da Assembleia Legislativa, Centro de Maceió.
“Nesse primeiro momento estamos reforçando o diálogo com a população mostrando que a greve é uma luta legítima pela educação pública. Estamos nas ruas recebendo muito apoio da população que compreende a importância de valorizar os trabalhadores da educação”, disse Izael Ribeiro, presidente do Sinteal.
Sem bloquear vias, os manifestantes ocuparam a faixa de pedestres utilizando o tempo do semáforo fechado, para ter visibilidade enquanto entregavam panfletos com uma carta aberta à sociedade e a agenda de greve.
Apesar da tentativa da Secretaria de Educação de enganar a população enviando uma nota à imprensa afirmando que as escolas estariam funcionando normalmente, a realidade em todo o Estado foi de greve e muita luta.
“A categoria deliberou greve na última segunda-feira (21), comunicamos via ofício à Seduc. Ressaltamos que não existe aula sem trabalhador na escola. A aula hoje é na rua”, informou Izael.
Ao longo da semana, o diálogo foi feito dentro da escola, como deliberado na assembleia. Uma professora de história do nível médio conta que ao explicar em sala de aula quais eram as razões da greve os alunos decidiram fazer o cálculo de quanto representaria o reajuste de 3% que o Paulo Dantas quer implantar em 2023, o resultado foi R$ 78,00. “É menos do que a bolsa que eu recebo do programa Escola 10”, reagiu surpreso um dos estudantes. Essa é a realidade de uma educadora com formação superior, que tem 30h na rede estadual de Alagoas.
A greve reivindica a aplicação dos 14,95% do piso nacional da educação como reajuste salarial para todos os trabalhadores da educação, em todos os cargos e níveis da rede estadual. Apesar das ameaças (veladas ou não) que a gestão tem feito, a categoria tem resistido bravamente e se comprometido com a luta.
“Seguimos com uma mobilização cada vez maior, em todo o estado a luta só cresce. Reafirmamos nossa disposição ir em frente ou encerrar a luta, só depende do governador a decisão sobre o caminho que o movimento vai seguir. Ou valoriza o salário, ou explica para a população porque não prioriza a educação”, finalizou Izael.
Fonte: Sinteal