FLAVIO SHOW – Funcionário dos Correios
Maceió, 25 de Agosto de 2024
“Só morto sairei do Catete”
24 de Agosto, ou seja, ontem, foi o dia em que o Brasil não veria mais em vida um Presidente do Brasil que ficou no poder por longos 19 anos. Getulio Vargas foi um líder multifacetado ao ponto de ser considerado a mãe dos ricos e o pai dos pobres.
Ditador, golpista, café, leite, da elite, do povão, o cara foi Alphaville e “Alfavela” em sua longa trajetória em Brasília. Errata; Brasília só passaria a existir em 1960, sigamos. Getulio foi diversos Getulios, amado e odiado.
Nos dias de hoje com o advento da internet ele seria fã e hater ao mesmo tempo, comunista e cidadão de bem, cristão e ateu. Getulio saiu da vida pra realmente entrar na história e rotula-lo apenas com um rótulo seria diminuir ou aumentar a sua trajetória em vida e por que não dizer na morte também? Então quem foi Getulio? Não sei, mas creio que foi e sempre será o DNA dos politicos brasileiros, que em busca do poder tomam boas taças de vinho pelo dia com Deus na Faria Lima e a noite com o Diabo no Capão Redondo ou vice-versa.
Confuso, não?
Por falar em políticos, as eleições já começaram no Brasil e já podemos ver os candidatos a Prefeitos e Vereadores usarem todas as suas estratégias eleitoreiras, algumas novas outras nem tanto, como aquela de colocar crianças catarrentas no colo, abocanhar o velho e conhecido pastel na feira e dançar um forró ou funk na comunidade, tudo isso regado com boas câmeras e um seleto grupo de marquerteiros virtuais que são responsáveis pelas redes do candidato, aquilo que não ficar bom, corta ali, remenda acolá, põe música de vencedor, filma em câmera lenta, adianta o vídeo, transforma uma multidão de 50 pessoas em 100 mil, vale tudo e a política de rua ainda existe e nunca vai acabar, mas nos porões da internet cansa menos e traz mais votos. Afinal, quem não quer sair bem na foto e lacrar nas redes?
Em São Paulo as eleições estão bem parecidas com o que aconteceu em 2018 nas eleições presidencias, onde um candidato se apresentava como anti sistema e anti comunista, não político, mesmo sendo por mais 30 anos, cristão, de família, cidadão de bem perseguido e sem o apoio da midia tradicional, com o famoso jargão, globolixo e o mais comum, honesto. Tai a fórmula do sucesso para enganar uma parcela vultosa de uma sociedade que novamente terá “uma escolha muito dificil” (Folha 2018) entre um professor e talvez um coach quadrilheiro. O caçador de marajás 2.0 desembarcou em Sampa e a assombração do comunismo ainda gera muitos votos. A pergunta que não quer calar é por que em tão pouco tempo o brasileiro conseguiu esquecer que o seu voto em 2018 trouxe ao poder um inútil que degringolou a “azuzinha” criada pelo Getulio( bonzinho). A “Azuzinha”, a que me refiro é a CLT, não tem nada a ver com o Viagra, nao viaje e se concentre na Reflexão.
O eleitor da cidade de São Paulo tem um desafio enorme, evitar que todo o estado seja comandado pelo Tarcísio, um milico carioca e por um coach goiano, ambos tem o mesmo projeto que Getulio, criar novas leis trabalhistas( carteira verde e amarela) dar golpes e permanecer no poder por longos anos. Só alguns detalhes serão diferentes; não irão se suicidar, mas entrarão para história como atores de uma nova ditadura. Enquanto Getulio retardou a Ditadura por longos anos, eles têm acelerado esse processo e não teremos um JK no meio do caminho com uma nova Brasília antes de um novo Golpe.
REFLEXÕES FLAVIO SHOW 2024 , ano 04 – Edição 194