O país chora meio milhão de vidas perdidas porque o genocida Jair Bolsonaro escolheu assim. E, por isso, ele deve ser responsabilizado
No dia em que os brasileiros saíram e continuam saindo às ruas, se arriscando porque pior que o vírus é o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), negacionista, que chama a pandemia do novo coronavírus de ‘gripezinha’ e demorou meses para comprar as vacinas contra a Covid-19, o Brasil ultrapassou a trágica marca de mais de 500 mil pessoas mortas.
Enquanto milhares de pessoas estavam nas ruas pedindo vacina para todos e todas e o fim da fome – vacina no braço, comida no prato – e gritando ‘fora, Bolsonaro’, às 14h15 deste sábado (19), o país registrou 1.401 mortes e 20.483 novos casos da doença, elevando o total de óbitos para 500.022, e o de casos, para 17.822.659, segundo dados das secretarias de Saúde coletados pelo consórcio de imprensa.
Esse número é sete vezes a capacidade da Marques de Sapucai, a passarela do samba carioca, segundo o UOL. É como se as pessoas centenas de municípios brasileiros tivessem morrido, diz o portal, lembrando que apenas 49 dos 5.570 muncipios do país têm mais de 500 mil habitantes.
Para além dos números, são mães, pais, filhos, irmãos, tios, primos, amigos e colegas de trabalho morrendo por falta da vacina e isso foi cobrado do presidente nas ruas do país.
Brasil é o segundo país com mais mortes
Com cerca de 211 milhões de habitantes, o Brasil é o segundo país a ultrapassar os 500 mil mortos. Está atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 328,2 milhões de habitantes e registraram 600 mil mortes em decorrência da Covid-19 em 15 de junho.
A diferença é que lá, 148 milhões de norte-americanos (45% da população) estão imunizados. Já aqui, com o boicote às vacinas promovido pelo governho Bolsonaro, apenas cerca de 24 milhões de brasileiros (11% da população) imunizados.
O que explica essa tragédia
O que explica a nova escalada da pandemia é ausência de uma política nacional de prevenção, controle e segurança por parte do governo de Jair Bolsonaro.
A avaliação é de especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com eles, estados e municípios não apresentam conduta baseada em critérios uniformes orientado pela ciência. Além disso, muitos passaram a abandonar o isolamento social e flexibilizar a economia, reabrindo lojas de rua, restaurantes, serviços como salão de cabeleiritos e shoppings.
Diante deste cenário, os especialistas falam em mais de 850 mil mortes até que o país alcance número de vacinados suficiente para fazer a pandemia recuar.
O descaso no combate à Covid-19, ausência apoio aos trabalhadores e empreendedores mais vulneráveis à situação de pandemia e política deliberada de estimular a propagação do vírus em vez de priorizar a vacinação estão entre os principais motivos dos protestos marcados para este sábado. Em todo o Brasil e em várias partes do mundo, o “Fora Bolsonaro” será a frase mais dita neste #19J.
Sobe média móvel de mortes e novos casos
A média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou acima de 2 mil pelo terceiro dia seguido na sexta-feira (18). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +24% e indica tendência de alta nos óbitos decorrentes do vírus.
A média móvel diária de novas contaminações nos últimos 7 dias foi de 71.565 – 15% a mais em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de alta nos diagnósticos pela primeira vez após mais de 50 dias.
Fonte: CUT Brasil