Soldados da ocupação israelense mataram a tiros três residentes palestinos do campo de refugiados de Nur Shams, na região de Tulkarm, no norte da Cisjordânia, confirmou nesta quinta-feira (13) o exército ocupante.
Segundo as forças coloniais, o incidente ocorreu na noite de quarta-feira.
O exército israelense, em comunicado, assumiu a execução em campo de 60 palestinos “armados” — no entanto, sem provas. Reconheceu também a prisão de 210 outros e a destruição de 30 instalações de infraestrutura “terrorista”, durante suas operações nas cidades e campos de refugiados do norte da Cisjordânia, desde 21 de janeiro.
Segundo a ong Médicos Sem Fronteiras (MSF), os massacres israelenses em Jenin e Tulkarm, no entanto, deslocaram à força 38 mil civis.
A escalada colonial na Cisjordânia ocupada coincide com o cessar-fogo em Gaza, desde 19 de janeiro, após 470 dias de genocídio, com ao menos 48 mil mortos e dois milhões de desabrigados.
Na Cisjordânia, junto aos ataques a Gaza, soldados e colonos israelenses mataram ao menos 910 palestinos e prenderam até 11 mil arbitrariamente.
Em janeiro de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), deferiu a denúncia sul-africana de genocídio contra Israel, levando o regime colonial ao banco dos réus da corte em Haia pela primeira vez.
Em julho, a mesma corte reconheceu a ilegalidade das décadas de ocupação israelense na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, ao instar evacuação imediata de todos os soldados e colonos e reparações aos nativos.
Fonte: Monitor do Oriente