Total de mortes sobe para 57.680, enquanto passa de 770 número de vítimas fatais que buscavam por ajuda humanitária no enclave

O Ministério da Saúde de Gaza informou nesta quarta-feira (09/07) que mais de 105 palestinos foram assassinados em ataques israelenses, incluindo oito que procuravam por ajuda humanitária no enclave, nas últimas 24 horas. Além disso, a pasta registrou outras 530 vítimas que ficaram feridas dentro desse período.

Desde 7 de outubro de 2023, o número de palestinos mortos por Israel subiu para um total de 57.680, enquanto 137.409 de feridos. Já o número total de civis mortos que esperavam por suprimentos fornecidos pela controversa Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), um programa de distribuição criado por Tel Aviv e Washington em maio, chegou a 773.

O Hospital Nasser, localizado nas proximidades de Khan Younis, relatou ter recebido a maioria das vítimas fatais da GHF nesta quarta justamente por se localizar no sul do enclave. O único ponto de distribuição de alimentos do grupo israelense no centro de Gaza foi fechado, forçando dezenas de milhares de palestinos a se mudarem para a região sul em busca de comida. 

Segundo o jornal britânico The Guardian, autoridades médicas, trabalhadores humanitários e funcionários da saúde em Gaza relatam que estão sobrecarregados com o que chamaram de “incidentes em massa” quase diários, enquanto lutam para atender os palestinos que são feridos enquanto buscam ajuda.

A GHF foi criada em 27 de maio após Israel ser acusado pela comunidade internacional de bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza e, assim, promovendo uma fome generalizada no enclave. O programa israelense, que tem apoio dos EUA, foi criado com o pretexto de distribuir suprimentos aos palestinos esfomeados. Entretanto, agências do mundo e, inclusive, as Nações Unidas (ONU), têm rejeitado parcerias por se tratar de um órgão controlado por tropas militares.

Em junho, o Exército de Israel admitiu que ordena seus soldados a atirarem contra os civis em filas de ajuda humanitária para “manter a ordem nos locais de distribuição”, e o reconhecimento só foi feito após uma reportagem divulgada pelo jornal Haaretz.

O genocídio contra os palestinos seguiu em curso à medida em que ocorria o segundo encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A reunião tinha o acordo de cessar-fogo como tópico principal das discussões. No entanto, o jornal The Times of Israel relatou que o premiê sionista se retirou da Casa Branca “sem qualquer anúncio público de um avanço nas negociações”.

Fonte: Ópera Mundi

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