O cineasta documentarista argentino/brasileiro Carlos Pronzato, começou em janeiro as filmagens de um documentário sobre a vida e a obra do professor e historiador Luiz Sávio de Almeida, professor da Universidade Federal Alagoas. O documentário tem sua estreia prevista para a Bienal do Livro de Alagoas, que ocorrerá entre 31 de outubro a 9 de novembro de 2025, no Centro de Convenções.

O cineasta documentarista, que dirigiu mais de 90 documentários no Brasil e em diversos países, tem como marca de sua obra audiovisual e literária o compromisso com a cultura, a memória e as lutas populares. No dia 30/01, ele concedeu entrevista ao site RCP Alagoas e foi o entrevistado da semana do TribunaPod, o podcast do Sistema Tribuna de Comunicação, que teve a presença, além do jornalista Claudio Bulgarelli e do presidente da Cooperativa de Jornalistas e Gráficos de Alagoas, José Paulo Gabriel, a do professor Luizinho, diretor da TVCom, historiador e militante social.

SÁVIO ALMEIDA

Natural de Maceió, Sávio de Almeida era graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Ufal, mestre em Educação pela Michigan State University e doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Sávio de Almeida, com grande produção literária e historiográfica, foi um dos intelectuais mais influentes de Alagoas.

No documentário sobre o professor Sávio de Almeida, Carlos Pronzato pretende dar vozes a intelectuais, pesquisadores e amigos do saudoso historiador, colocando em evidência as suas diversas obras e realizações que influenciaram gerações de estudiosos das mais diversas áreas, assim como artistas e intelectuais não apenas alagoanos, mas de todo o Brasil. Sávio de Almeida, que faleceu aos 80 anos, dedicou sua vida à cultura, à história dos oprimidos e à educação pública.

PRODUÇÕES

O documentário sobre o professor Sávio de Almeida se junta a uma longa lista de Carlos Pronzato, que já produziu mais de 90 documentários, onde se destacam “Bolívia a Guerra da Água”, “Buscando a Salvador Allende”, “Carabina M2, uma arma americana, Che na Bolívia”, `”Carlos Marighella: quem samba fica, quem não samba vai embora, “Madres de Plaza de Mayo, memória, verdade e justiça” e os mais recentes, “Renato, um de nós”, “NEM – Novo Ensino Médio – Um Fracasso Anunciado” (Premiado no 6º Festival de Educação do Sinpro 2023) e “Desmascarando o Marco Temporal” (Premiado no Festival Internacional de Cinema Ambiental FICA FAECO 2023).
Pronzato dirigiu também, dentro da temática da causa negra: “Até Oxalá vai à guerra” (Premiado no Bahia Afro Film Festival 2008), “Comédia Negra de Buenos Aires, teatro afro-argentino”, “Mestre Moa do Katendê e o premiado “Zumbi”.

E ao longo de sua trajetória como anarquista, diretor teatral e documentarista, recebeu importantes distinções, como em 2008, com o prêmio da CLASCO (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais); em 2009, na Itália, o prêmio Roberto Rossellini; em 2020 o prêmio de Direitos Humanos da OAB/RS (Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Sul) e em 2023, premiado no FICA/ECO (Festival Internacional de Cinema Ambiental) no Rio de Janeiro.

Redação com Tribuna Hoje

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