Presidente Gustavo Petro deu um recado claro: “Nem uma única tonelada”

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou à Marinha que intercepte e bloqueie qualquer embarque de carvão destinado a Israel, em resposta ao que classificou como guerra genocida conduzida por Tel Aviv contra a Faixa de Gaza. Petro também criticou duramente membros de seu próprio governo por desrespeitarem a medida que ele decretou contra o regime israelense.

Em maio, Petro anunciou o rompimento das relações diplomáticas com Israel, denunciando o governo israelense como genocida. No mês seguinte, declarou a suspensão total das exportações de carvão ao país. Em publicação nas redes sociais à época, afirmou que as exportações cessariam “até que o genocídio seja interrompido”.

A proibição formal de exportações de carvão colombiano para Israel foi instituída em agosto de 2024. No entanto, o governo permitiu exceções limitadas para embarques que já haviam sido aprovados anteriormente ou liberados pela alfândega.

Nos últimos dias, o presidente intensificou as críticas a integrantes de sua administração que, segundo ele, continuaram a autorizar envios, violando a determinação oficial. Na quinta-feira, Petro denunciou publicamente mais um embarque de carvão com destino a Israel e anunciou que a Marinha será encarregada de impedir qualquer novo envio.

“Nem uma única tonelada de carvão deve sair da Colômbia para Israel”, declarou.

Segundo Petro, pressões empresariais estariam por trás das autorizações ilegais, facilitadas por atores internos. Indignado, ele advertiu: “Se não nos escutam, então este governo é mentiroso”, apontando insubordinação e sabotagem institucional.

O presidente também criticou publicamente as empresas envolvidas, responsabilizando-as por violar a ordem de suspensão. Ele convocou a sociedade colombiana a se engajar no debate sobre as exportações de carvão e pediu à ministra do Trabalho, Gloria Inés Ramírez, que promova um diálogo emergencial com os sindicatos do setor.

Gustavo Petro, eleito em 2022, tem se destacado como um dos mais contundentes críticos da política israelense na América Latina desde o início da guerra em Gaza, onde cerca de 60 mil palestinos já foram mortos.

A postura do presidente colombiano tem provocado forte reação de autoridades israelenses e grupos de lobby pró-Israel. Em abril de 2024, a Colômbia solicitou à Corte Internacional de Justiça (CIJ) a adesão ao processo movido pela África do Sul contra Israel por genocídio. (Com informações da PressTV).

Fonte: Brasil 247

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