Flávio Show – Funcionário dos Correios
Maceió, 16 de Fevereiro de 2025
Bye bye Brasil, os alagoanos e os brasileiros viram o tempo passar nas telas do cinema nacional, viram a luta dos escravizados no Quilombo dos Palmares, a resistência de um povo que resiste até hoje, algo que minha branquitude não consegue entender, mesmo depois de todo esse tempo, o racismo tem, muitas vezes, sido o protagonista nas tela e nas redes. Resta- me juntar aos tantos e tantas guerreiros(as) Zumbis e Gangas Zumbas e fazer o bom combate.
Deus é Brasileiro, muitos afirmam, mesmo assim seus ensinamentos estão sendo atropelados por uma sociedade que repele o comportamento da Tieta, mas tieta com o nazismo, com o fascismo e com preconceito em suas claques e tomadas. Várias Perpétuas perpetuam- se no poder com seus discursos misóginos, homofobicos, falsos cristãos que deixariam o Bafo de Bode com hálito mais refrescante que um pé de tabletes de Halls “preto” original.
Diversos Orfeus tem sofrido na pele por ter a pele preta e suas Eurídices estão muito além de uma simples paixão, Orfeu não teve a mesma “sorte” de Xica da Silva, mas uma coisa é certa, ela abalou a sociedade da época, se fosse nos dias de hoje , ela teria viralisado nas redes, se tornando uma celebridade com milhões de seguidores e haters.
Verdade, pergunte ao português João Fernandes.
Um alagoano conseguiu transitar por todas essas situações e épocas, colocando o holofote direcionado para as questões do racismo e desigualdade em nosso Brasil tupiniquim. Jamais a Academia Brasileira de Letras teria tantas letras pra escrever as obras de gigantesca significância extra terra de Vera Cruz, fazendo até uma Joanna Francesa trocar o rios Sena e o Tietê pelo Rio São Francisco nas Alagoas.
Sua imagem e seu trabalho deixaram claro, mais claro que as canções de Clara, que ele tinha lado e ao lado dela defendia a cultura, a música, o teatro e a democracia.
Quem é ele?
Cacá Diegues com C de cinema revolucionou a sétima arte, rejuvenesceu o velho cinema, o transformando em cinema novo, o Curioso Caso de Benjamin Bunton por trás das telas, deixando sua arte para seus Herdeiros( nós). Para Cacá, Dias Melhores Virão, pelo menos ele, com sua arte, assim desejava, mas sua decepção foi assistir nos últimos anos de sua vida, uma parcela da população viver numa realidade paralela, onde a mentira é absoluta, o ódio é aplaudido de pé e os devaneios são apenas imitações de Maryalvas, que acreditam e conversam com fantasmas e porque não dizer, que para eles o fantasma em questão é o “comunismo” tão enfatizado pelos cidadãos de bem, ” cristãos e de Família.(risos).
Bye bye Cacá.
E o Lula?
Ficará para a próxima Reflexão com todo gás e remédio de graça. Até lá.
Reflexões* Flávio Show 2025 , ano 05 – Edição 218