Na Cúpula da Amazônia, o presidente lembrou que seu antecessor culpou “índios e caboclos pelas queimadas” na floresta. “Nos tornamos um pária”, avaliou

Em discurso na Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, no Pará, nesta terça-feira (8), o presidente Lula (PT) criticou a política ambiental do governo Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que seu antecessor “abriu as portas” da floresta para o crime organizado. >>> Lula diz que cúpula visa ‘fortalecer países da Amazônia na agenda global’

Lula ainda disse que Bolsonaro “ressuscitou um nacionalismo primitivo” ao culpar os povos originários pela degradação do meio ambiente. “A crise política que se abateu sobre o Brasil levou ao poder um governo negacionista, com consequências nefastas. Meu antecessor abriu as portas para os ilícitos ambientais e o crime organizado. Os índices de desmatamento voltaram a crescer. Suas políticas beneficiaram apenas uma minoria que visa lucro imediato. Na tribuna da ONU, o Brasil ressuscitou noções de um nacionalismo primitivo e responsabilizou índios e caboclos pelas queimadas provocadas pela ação humana. Nos tornamos um pária entre as nações e nos afastamos de nossa própria região. Os que sempre atuaram em prol da preservação ambiental e dos direitos humanos foram perseguidos e atacados. Perdemos de forma violenta diversas lideranças que lutaram contra a destruição e o descaso. Os que mais sofreram foram os indígenas e outros povos tradicionais. A invasão da terra ianomâmi evidenciou o desprezo pela vida humana e pelo meio ambiente”.

Em seu governo, disse o presidente, “a criação do Ministério dos Povos Indígenas, comandado por uma ministra indígena, o primeiro na história do Brasil, simboliza nosso compromisso com a reparação à invisibilidade a que foram submetidos os povos originários em nosso país”. 

“Felizmente, pela decisão soberana do povo brasileiro e seu compromisso com a democracia, conseguimos virar essa triste página da nossa história”, completou.

Fonte: Brasil 247

Deixe uma resposta