O Sindicato dos Bancários do Ceará realizou, na última terça-feira, dia 23/11, um ato em defesa do emprego e contra as demissões e às condições de trabalho adversas no Bradesco. A manifestação faz parte de uma campanha nacional de valorização dos funcionários e foi acompanhado ainda de ações específicas nas redes sociais, como forma de denunciar as condições precárias que os trabalhadores, clientes e usuários do Bradesco estão enfrentando.
O objetivo do Sindicato é, principalmente, denunciar à sociedade que o Bradesco tem totais condições de atender melhor e proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável ao seu quadro de funcionários. A prova disso é que, em apenas 9 meses desse ano, o Bradesco obteve lucro de R$ 19,602 bilhões, crescimento de 54,9% em relação ao mesmo período de 2020. O resultado é melhor, inclusive, do que o dos períodos que antecederam a pandemia.
Entretanto, o banco encerrou 8.198 postos de trabalho e fechou 765 agências e 120 postos de atendimento em doze meses. O resultado disso é um verdadeiro caos nas agências. Os clientes estão pagando cada vez mais tarifas, têm menos trabalhadores para atendê-los e menos agências para procurar em caso de necessidade.
“O Bradesco pode e deve cumprir com a responsabilidade social que tanto propagandeia nas suas publicidades, e gerar empregos, proporcionando alguma contrapartida para a sociedade”, afirmou o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco, Humberto Simão.
Já o diretor Telmo Nunes destacou que os bancários foram considerados categoria de trabalho essencial durante a pandemia e, mesmo com o risco de contaminação, seguiram atendendo a população da melhor forma possível. “No entanto, o Bradesco não tem valorizado seus funcionários como deveria, segue demitindo, fechando agências, cobrando metas abusivas e sobrecarregando quem fica, além de expor a população a condições subumanas, debaixo de sol e chuva, do lado de fora das agências. Com tanta lucratividade, o Bradesco pode oferecer condições de trabalho decente e atendimento digno à sociedade”, concluiu.
Fonte: Sindicato dos Bancários do Ceará