A cobrança feita pela família Bolsonaro para que a cúpula do Congresso avance com pautas como o impeachment de ministros do Supremo e a anistia ao 8 de Janeiro não deve surtir efeito.
No fim da semana passada, Eduardo e Flávio Bolsonaro subiram o tom contra Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente. Eduardo disse que os dois podem ser sancionados pelo governo norte-americano, como já aconteceu com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que tiveram vistos suspensos ao país.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que Alcolumbre tem “obrigação” de dar seguimento ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, principal alvo dos ataques bolsonaristas pela condução dos inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Alcolumbre e Motta não quiseram responder. A interlocutores, avaliaram que qualquer tipo de comentário daria o “palco” que Eduardo quer. Na semana passada, Motta já contrariou o desejo da família Bolsonaro ao impedir a realizações de comissões durante o recesso parlamentar e também não dá sinais de que colocará a anistia em pauta.
No caso de Alcolumbre, que como presidente do Senado é quem decide sobre a abertura ou não de um processo de impeachment, a posição contra a pauta bolsonarista é ainda mais clara: “Só vai criar mais conflitos”, costuma dizer.
Fonte: Uol